Little Richard é o suprassumo e o pioneiro do rock como nós conhecemos:
Guitarras - e também um magnífico piano-, ritmo intenso, berros, gritos, pessoas em transe, enlouquecidas, o cantor que pula, arranca a roupa, sobe no piano, sacode a cabeça, se entrega, pinga suor.
Guitarras - e também um magnífico piano-, ritmo intenso, berros, gritos, pessoas em transe, enlouquecidas, o cantor que pula, arranca a roupa, sobe no piano, sacode a cabeça, se entrega, pinga suor.
Invenção dos negros dos Estados Unidos, o rock condensa em si a angústia do Blues, o êxtase e a glória da experiência religiosa.
Êxtase é o que se sente ao ouvir e dançar Little Richard, que também é pastor. Além de viver os dramas do negro norte-americano de sua época, Richard ainda soma o fato de ser homossexual.
Isto foi algo que dividiu sua personalidade, pois cresceu sob bases conservadoras. No palco é Little Richard em toda a sua exuberância e fora dele é Reverendo Richard Penniman.
Outro elemento pioneiro é sua irreverência e excentricidade teatral. Suas perucas e maquiagem aliadas à sua atitude o tornariam uma figura original e transgressora.
Da banda de Little Richard, nos anos 1960, saiu nada menos do que Jimmy Hendrix, que queria explorar a guitarra elétrica até os seus limites. Era a psicodelia.
Little Richard, bastião do rock de raiz se mostrou averso às distorções sonoras que iriam caracterizar o rock psicodélico. Uma pena.
O lado feliz foi que isso acabou impulsionando Jimmy Hendrix na direção mais experimental.
Esta, entre outras histórias, são apenas mais uma prova de que Little Richard é o verdadeiro Rei do Rock.
Fontes