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19 de out. de 2015

A Bolha

"Quando chegamos no Brasil decidimos parar de fazer covers desses caras porque vimos que não dava para fazer igual. Decidimos escrever as nossas próprias composições. Vamos seguir outro caminho."

EP (1971)

Grupo carioca formado em 1965, podem ter sua história dividida em dois momentos: pré-festival da Ilha de Wight e pós-festival, que ocorreu em 1970. Em seu início produziam versões de clássicos do rock inglês, como por exemplo Por que sou tão feio?, originalmente Get off of my cloud dos Rolling Stones e Trabalhar, conhecida como For your Love dos Yardbirds.

Um Passo A Frente (1973)

Após assistirem à grandes shows na Ilha de Wight, mudaram o foco para composições autorais. Gravaram então dois discos: Um passo a frente (1973) e É proibido Fumar (1977). Encontramos aí um misto de rock progressivo, hard rock, heavy psych e até soul e disco music no segundo álbum, de 1977. 

É merecido o destaque para as faixas Sem Nada e Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô, de 1973, também saídas em um EP entitulado A Bôlha em 1971. Do álbum É proibido Fumar o destaque vai para as faixas Deixe tudo de lado, Difícil é ser fiel e Sai do Ar.

É Proibido Fumar (1977)

Desde o início também acompanharam grandes nomes da MPB como Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso e Raul Seixas. Participaram da gravação de Não pare na pista e Como vovó já dizia, de Raul Seixas. Junto com ele e com Os Mutantes, podem ser considerados o que há de melhor no rock brasileiro.


Fontes

21 de dez. de 2012

Baby Grandmothers

Uma trajetória curta, porém enraizada em vários projetos

Baby Grandmothers era um power trio sueco que fazia rock psicodélico pesado (vulgo Heavy Psych), unido à improvisação. 

Surgidos em 1967, fizeram parte da cena underground que se apresentava no clube Filips, em Estocolmo.



Antes de se tornarem um power trio, eram uma banda de garage rock chamada T-Boones. Deixaram como registro apenas um single raro, gravado na Finlândia.



Durante a estadia dos Baby Grandmothers como banda residente do clube Filips, houveram uma série de jams com vários grupos pouco conhecidos, como os ingleses do Blossom Toes, e os ícones Jimi Hendrix e Mothers of Invention.

Foram a banda de abertura de shows de Jimi Hendrix durante sua turnê pela Suécia, em 1968.



Além dos Grandmothers, havia outra banda influente e pioneira do rock psicodélico sueco: Mecki Mark Men, grupo do tecladista e vocalista Mecki Bodemark, que contou ainda com o baterista de outro grupo influente e pioneiro: Pärson Sound.


Mecki Mark Men

Este grupo lançou um álbum homônimo em 1967 e então debandou, para ser reformulado posteriormente com integrantes do Baby Grandmothers. Lançariam mais dois LPs: Running in the Summernight (1969) e Marathon (1971).


Pärson Sound

O clube Filips, local por onde transitou toda essa eferverscência era, além de um reduto marginal da música, um lugar não bem visto pela sociedade de Estocolmo.


Mecki Mark Men - 1967

Imagina-se que isto se deva à freqüência das subculturas e, consequentemente, das drogas, inseparáveis dos movimentos daquela época. O fato é que o clube foi fechado pela polícia, no natal de 1967.


encarte presente no cd Turn on, Turn in, Drop out - 2007:
uma rara apresentação no clube Filips 

Seguindo na linha evolutiva metamorfoseante dos Baby Grandmothers, sabe-se que após terem se transformado no retorno do Mecki Mark Men, alguns de seus integrantes vieram a formar a banda de rock progressivo Kebnekaise.


Turn on, Tune in, Drop out - 2007


Fontes


19 de dez. de 2012

Josefus


Dead Man - 1970

Grupo da cena underground de Houston, Texas, a mesma cena que era composta pelas bandas 13th Floor Elevators, Bubble Puppy, Golden Dawn, Red Krayola, American Blues e os Moving Sidewalks.

Em 1969, seu produtor, Jim Musil, coloca a banda para trabalhar em seu próprio selo, Dandelion.


Gravam o material que posteriormente seria seu primeiro disco, porém é lançado apenas um single, contendo a faixa Crazy Man e com o nome do grupo modificado para Come.



Então, a banda decide lançar seu primeiro álbum, Dead Man (1970), através dos esforços dos próprios músicos, por um selo chamado Hookah Label, numa edição de 3000 cópias. 

Destaque para o cover de Gimme Shelter, dos Rolling Stones.


Muito Estilo \m/

A partir daí, começam a tocar em inúmeros eventos, abrindo shows de bandas como Procol Harum, Ten Years After, Grateful Dead, Quick Silver Messenger Service, John Mayall e outros grandes nomes.


Josefus - 1970

Ainda em 1970, gravam às pressas mais um disco: o homônimo Josefus. No final do ano a banda deixa os palcos. Durante as anos que seguiram fizeram esparsos retornos.


Reedição em cd do disco de 1969

Desde a década de 1990 até meados dos anos 2000, surgiram vários lançamentos em cd, contendo as músicas de Dead Man lançadas em 1970, as gravações anteriores de 1969 e outras gravações ao vivo, o que permitiu que o grupo chegasse ao conhecimento das gerações atuais.



Fontes
Shindig! Magazine
Whiplash - ótima biografia
It's Psychedelic Baby Magazine - entrevista com o guitarrista Dave Mitchell

11 de dez. de 2012

Gun


Gun - 1968

Power trio londrino que durante a segunda metade dos anos 1960 fervilhava no histórico UFO Club, ao lado de Pink Floyd, Soft Machine, Tomorrow, Arthur Brown e outras lendas.



No início, eram um quarteto chamado The Knack (1963), que algum tempo depois (1967) reformulou-se num power trio de Heavy Psych, considerado por muitos como Proto-Heavy Metal



Teríamos o mesmo acontecendo na Califórnia, com a banda Blue Cheer.

Em 1969, lançam seu primeiro disco: Gun, cuja faixa de abertura, Race with the Devil, ganha amplo destaque. Posteriormente seria regravada por Judas Priest, Black Oak Arkansas e Girlschool.

A capa de seu primeiro álbum foi feita pelo artista Roger Dean, responsável por boa parte dos melhores exemplos de ilustração dentro do rock.


Gunsight - 1969

Em 1969 sai mais um álbum: Gunsight, que seria, infelizmente, o último. Igualmente pesado, poderoso e fantástico!



Fontes

30 de nov. de 2012

Canned Heat

Heavy Blues on the Road
Canned Heat - 1967

Uma das bandas que, sem dúvida, foi totalmente influenciada pelas raízes do Blues é a Canned Heat.



A sonoridade construída é devedora da obra de inúmeros blues men, desde os mais desconhecidos até os mais famosos, como Muddy Waters (o rei), Albert King e B.B. King (os reis), John Lee Hooker e Elmore James.



Vindos de Los Angeles, Califórnia, em 1967 ganharam maior projeção devido a sua participação no Monterey Pop Festival.



Ainda em 1967, lançam seu primeiro disco homônimo, Canned Heat. Entre as faixas está um ótimo cover de Dust My Broom, canção de Elmore James.



Em 1968, lançam o segundo e o terceiro álbum respectivamente, Boogie With Canned Heat e Living the Blues



Durante este período emplacaram os clássicos: On the Road Again, uma regravação do blues man de Chicago, Floyd Jones, e Going up the Country, creditada a Alan Wilson, guitarrista do grupo.


Boogie with Canned Heat - 1968

Em 1969 participam do famoso Woodstock e lançam mais três discos até 1970. O último deles, Future Blues, emplaca o hit  Let's Work Together. Estavam no ponto alto de sua trajetória.


Living The Blues - 1968

Porém, como afirma o ditado, depois do topo vem o declive e ainda em 1970 morre Alan Wilson, um dos principais mentores da banda. 


Hallelujah - 1969

Sua morte se deu sob circunstâncias misteriosas e muitos afirmam que overdose foi a causa provável. Alan Wilson também integra o Clube dos 27.


Vintage - 1970.  Alguma Semelhança com Sticky Fingers?

Depois do trágico incidente, seguiram com Bob Hite, outro mentor do grupo, até 1979, quando este também falece devido a um enfarto, logo após um show.


Future Blues - 1970

Uma das obras mais interessantes que deixaram, além é claro, de seus álbuns oficiais, é o disco feito em parceria com John Lee Hooker: Hooker N' Heat (1971). Mais Blues impossível!


Hooker n' Heat - 1971


Fontes
Canned Heat - site oficial

1 de nov. de 2012

Fields

Colagens sonoras nos campos nostálgicos
Fields - 1969

1969 parece ter sido o ano das pérolas únicas do Heavy Psych. A banda Fields é mais um exemplar daquela safra, com seu único e ótimo disco de mesmo nome.


capa interna

O que encontramos em Fields é uma mistura de tendências do fim da década (entre 1967 e 1969), que inclui o soul, o power pop, acid rock e o heavy blues-heavy psych, que por ser proeminente, é o rótulo que prevalece neste trabalho do trio californiano.


Contracapa

O disco conta ainda com a participação de Brenda Halloway, cantora da Motown e também do grupo feminino The Raelettes, responsável pelos backing vocals nas gravações de Ray Charles.




Fontes

20 de set. de 2012

Atomic Rooster

As reviravoltas do galo atômico-progressivo

Trio inicialmente formado por Vincent Crane, Nick Graham e Carl Palmer. Vincent e Carl antes haviam feito parte do Crazy World of Arthur Brown.

Lançaram então um disco, Atomic Rooster, em 1970. Tocaram em shows com o Deep Purple em Londres, e pouco tempo depois Nick Graham e Carl Palmer tomaram rumos diferentes. 

Carl Palmer passou a ser integrante de outro trio: Emerson, Lake and Palmer.


Atomic Rooster - 1970

Restou como membro oficial apenas Vincent Crane, organista, que re-organizou o grupo em um novo line-up. Lançaram o segundo trabalho, Death Walks Behind You, ainda em 1970.


Death Walks Behind You - 1970 
(a capa é a reprodução da pintura Nabucodonosor, do inglês Wiliam Blake)


Em 1971, o trio vira um quarteto e partem para sua primeira turnê norte-americana. Novamente houveram trocas de integrantes, permanecendo apenas Vincent Crane como único mentor. Ainda neste ano lançaram o terceiro disco: In Hearing Of.


In Hearing of - 1971

Em 1972, com Chris Farlowe no vocal, lançam o quarto disco da carreira: Made in England. Seguiu-se uma turnê pela Europa e na sequência veio o quinto álbum Nice n' Greasy, em 1973.


Made in England - 1972

Em 1975 a banda se desintegra novamente e Vincent Crane resolve dar um tempo no Atomic Rooster. 

Novas reformulações ocorreram durante os anos 1980, até a morte trágica de Crane, em 1989, vítima de overdose de medicamentos, possivelmente um suicídio.





Fonte

17 de set. de 2012

The Crazy World of Arthur Brown

Teatro e experimentações bizarras

Banda inglesa formada em 1967 pelo cantor Arthur Brown, que durou cerca de dois anos até terminar em 1969. 


The Crazy world of Arthur Brown - 1968

Dois de seus ex-integrante vieram posteriormente ajudar a compor o Atomic Rooster, grupo expoente do heavy psych, hard rock.



Lançaram apenas um disco em 1968, igualmente intitulado The Crazy World of Arthur Brown. Era um álbum conceitual produzido por Kit Lambert, também produtor do álbum Tommy do The Who.



O conceito gira em torno das questões da individualidadeda consciência do si mesmo, das muitas facetas que uma personalidade pode assumir e das escolhas entre polaridades positivas e negativas.


Arthur e sua trupe

Daí vem toda a ideia das máscaras e do teatro. Uma ideia praticamente original até o momento, que veio a influenciar David Bowie, Alice Cooper, Kiss, King Diamond e inúmeros outros adeptos da pintura facial e/ou corporal aliada ao teatro e performance.



Outro ponto interessante a ser mostrado é que, apesar de até que parecer, Arthur Brown não era um ocultista, nem um satanista, como alguns por aí podem afirmar.


Mas sua estética influenciou e foi influenciada pela nascente onda progressiva-heavy-psicodélica de fins dos anos 1960 e da retomada de estéticas religiosas primitivas.



O LP teve um único sucesso comercial: a canção Fire. Porém, o disco inteiro é merecedor dos primeiros lugares de todas as paradas. 

No entanto, todos nós sabemos que esta decaída ao Limbo é algo comum de acontecer com trabalhos tão sofisticados.



Durante a década de 1970, Arthur Brown gravou outros LP's em companhia da banda Kingdom Come e atualmente continua lançando discos e demais projetos.


Kingdom Come - Kingdom Come (1972)

Fontes
God of the Hell Fire - ao que parece é o site oficial do cantor
It's Psychedelic Baby Magazine - excelente entrevista com Arthur Brown 

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