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2 de ago. de 2012

Joe Meek and The Blue Men


I Hear A New World - 1960 - Joe Meek and the blue men

Joe Meek foi um artista britânico, grande explorador das técnicas de gravação, um engenheiro-programador e mago da produção musical. 



Seu disco de 1960, um EP chamado I Hear a New World (Ouço um Mundo Novo), foi um album vanguardista para a época, sendo considerado um dos pioneiros da música eletrônica.


O estúdio onde realizava suas gravações era um discreto apartamento sobre uma loja de artigos em couro. 


O constante barulho, adorado por Meek, causava o incomodo de alguns traseuntes e também o inevitável desespero dos vizinhos conservadores e ávidos por pudicas noites de sono.

Um documentário sobre a vida incomum de Joe Meek.

Por não ser um músico propriamente dito (ele não tocava, não cantava e nem lia partitura), Joe Meek era acessorado por muitos instrumentistas e outros parceiros de produção. Seu estúdio era uma verdadeira Factory Warholiana de ordem musical.


Outra característica marcante foi seu envolvimento com o ocultismo e também sua frágil condição psicológica. Isto contribuiu para a sua genialidade e visão incomum, mas também para a sua ruína.

Telstar, o Filme

Meek era obcecado por Buddy Holly, era extremamente paranóico e era um caçador de fantasmas, chegando a construir equipamentos de gravação para capturar vozes do além em cemitérios.

Telstar by The tornados

Foi também o responsável pelo início da invasão britânica nas rádios norte-americanas. 

Suas composições Johnny Remember Me e (principalmente) Telstar, gravada pela banda The Tornados, passaram semanas em 1º lugar nas paradas dos EUA.


Joe Meek teve um fim trágico: suicidou-se em 1967, no dia do 8º aniversário da morte de Buddy Holly. Antes de se matar com um tiro, também matou sua arrendatária, Violet Shenton.



Fontes
Adrian Denning - Who is Joe Meek?
Porradobol blogspot - excelente postagem

10 de jan. de 2012

The Deep - Psychedelic Moods

Deixe sua mente ao sabor dos Humores Psicodélicos
Psychedelic Moods - 1966

Banda underground da Filadélfia. Não há registro de apresentações e, ao que se sabe, foi um grupo de estúdio cujo único integrante conhecido é o vocalista e guitarrista Rusty Evans.

Rusty Evans

Tiveram seu único disco, Psychedelic Moods, lançado por volta de Agosto de 1966, dois meses antes da criminalização do LSD nos EUA.




Talvez por isso este disco seja um belo exemplar da reunião de todas as nuances da cena. Haviam passado pelo auge do caos da experimentação psicodélica ainda na legalidade.

O ápice desse caos era descrito de modo sensacionalista na capa: A Mind Expanding Phenomena - um fenômeno da expansão da mente.

Éter Cor de Rosa


Com toda essa vivência, o único disco dos Deep se tornou uma verdadeira coletânea dos humores psicodélicos (psychedelic moods), indo do garage e protopunk ao acid, folk e pop psicodélico.

Reza a lenda que a capa deste pouco vendido LP foi uma das primeiras em que figurou a palavra Psychedelic, com meses de antecedência aos bem sucedidos álbuns dos Blue Magoos e 13th Floor Elevators, que também a continham.


The Freak Scene - Psychedelic Psoul - 1967


Após o ano de 1966, o único integrante conhecido, Rusty Evans, formou outra banda: Freak Scene, que teve o mesmo destino dos Deep - a dissolução e o esquecimento



Fontes
 excelente texto;
 os poucos fatos encontrados sobre a banda estão resumidos na wikipedia;
 texto original, analise detalhada do disco.


24 de out. de 2011

The West Coast Pop Art Experimental Band

Incríveis Light Shows e a busca pelo sucesso

Esta é uma banda cercada de mistérios sobre a origem de seu intuito. O certo é que desejavam emplacar hits seguindo a onda psicodélica que tomou conta da Califórnia e dos EUA como um todo.

The west coast pop art experimental band part one - 1967

Basicamente a banda se resumiu a três integrantes, todos de Los Angeles. No início, eram dois ainda adolescentes e um adulto, na casa dos 30 anos. Uma combinação inusitada.

Vol. 2 (Breaking Through) - 1967

A West Coast Pop Art Experimental Band foi uma colagem de várias facetas do que vinha ocorrendo no psicodelismo: 

Light shows, misticismo e uma preocupação de vanguarda, daí o "pop art experimental band ", talvez um paralelo inspirado pelos light shows de Nova Iorque, feitos por Andy Warhol e os Velvet Underground.

Segundo a resenha presente no site All Music, a WCPAEB era uma banda que "lançou vários álbuns no fim dos anos 1960 que se encaixavam nos padrões de folk rock, freakouts e letras psicodélicas, sem estabelecerem uma identidade própria para a banda."




Hoje, os álbuns são uma boa amostra de seu contexto histórico, justamente por terem catalizado para si todos os clichês. 

Volume 3: A child's guide to good and evil - 1968

Where's my dad? - 1969

Fontes

13 de set. de 2011

Les Fleur de Lys

Mod-Soul-Beat psicodélico

Conjunto underground britânico que fervilhou pela Swinging London entre 1965 e 1969.


Reflections - coletânea de compactos - 1996


Foram um dos primeiros representantes do freakbeat, tipo de rock psicodélico europeu que equivale ao garage rock americano.



O freakbeat é a união do som Mod/Beat (bandas como The Who, Small Faces, The Creation, etc), que por sua vez conta com boas doses de R&B, ao rock psicodélico, que inclui órgãos, fuzz, quebras rítmicas e outros efeitos.




A Fleur de Lys passou por altos e baixos e infelizmente não conheceram grande atenção fora da Inglaterra.



Seu primeiro compacto foi produzido por Jimmy Page, mas apesar disso a banda alegou que não representou o seu som ao vivo. 

Em outras gravações de compactos conheceram Jimmy Hendrix.

The Two Sides of The Fleur de Lys - EP - 2009


Durante seu trajeto conheceram um figurão da Atlanta Records, que era casado com uma cantora sul-africana: Sharon Tandy.




Logo tornaram-se sua banda de apoio e também passaram a gravar seus compactos na mesma gravadora.



Sharon Tandy teve um papel importante na banda, sendo a vocalista de alguns singles, já que passaram por várias mudanças de integrantes. 

Apenas Keith Guster, o baterista, permaneceu até o fim.



Em 1969, quando tudo estava prestes a decolar, Guster sofreu um acidente de carro, que o deixou imobilizado por muitos meses. E esse foi o fim do grupo.



Após sua recuperação passou a trabalhar como músico de estúdio e os outros integrantes passaram por diversos Grupos.





Fontes

25 de jul. de 2011

Blossom Toes




Em apenas dois discos, marcadamente diferentes entre si, esta banda inglesa reflete os rumos do rock no período sessentista.


Em seu primeiro disco We are ever so clean, de 1967, expõem um pop psicodélico com boa dose de experimentalismo.


Ecos, sinos, coro de vozes, distorções da guitarra, sobreposições sonoras, altos e baixos e mesclas do estilo vaudeville compõem o disco. Excêntricos, também flertam com o pop barroco, que permeou a psicodelia inglesa.


O segundo disco It's only for a moment, de 1969, mostra um som mais pesado, na direção do Heavy Psych e da cena californiana, onde temos Frank Zappa e Captain Beefheart. É também considerado um trabalho que se aproxima do rock progressivo.


Entre as curiosidades que podemos citar está que apareceram em filmes, incluindo o longa La Collectionneuse (1967), do diretor francês Eric Rohmer. São também uma das influências do cantor brasileiro Ronnie Von


Foram ainda empresariados por Giorgio Gomelski, o mesmo dos Yardbirds, também idealizador do selo Marmalade, uma gravadora independente no cenário musical da swinging London.




Fontes



13 de jul. de 2011

The Pretty Things


The Pretty Things

Inglaterra, 1963. Dick Taylor, guitarrista e um dos membros formadores do Pretty Things foi também um dos membros formadores dos Rolling Stones, junto com Brian Jones. Ficou pouco tempo nos Stones e em 1963 formou sua própria banda.




Como não poderia deixar de ser, o som dos Pretty Things carrega as mesmas influências que o som dos Rolling Stones

Foram, no início, bem comparados à seus "irmãos de sangue". Porém, os Pretty Things capricharam no peso sonoro.

The Pretty Things na fase psicodélica

As influências são: Bo Diddley, Jimmy Reed, Chuck Berry, Willie Dixon, Muddy Waters, Little Richard e por aí vai. 



Mas, se os Stones deram destaque à Muddy Waters e Chuck Berry, os Pretty Things mostram-se bem mais devedores de Bo Diddley.


Fizeram muito sucesso na Inglaterra e em outras localidades da Europa, porém foram uma banda underground nos EUA (e muito mais udigrudi no Brasil). Para uma postagem no Dia do Rock, não haveria opção melhor.


Em 1967 embarcaram na onda psicodélica com o disco Emotion. Porém, a carreira psicodélica underground dos Pretty Things se desenvolveu bem mais sob um pseudônimo criado pela banda: The Electric Banana.

Emotions - 1967


Sob este pseudônimo, gravaram 6 discos. Todos esses trabalhos foram para compor faixas presentes em filmes B, do fim da década de 1960. 


The Electric Banana Blows Your Mind - 1967/1969

A sonoridade dessa época (tanto como The Pretty Things ou The Electric Banana) era bem próxima do Heavy Psych, com mesclas de muito blues e pop psicodélico e por vezes um folk.


Fizeram, segundo a wikipédia, a primeira Ópera-rock de que se tem notícia. O disco se chamou S. F. Sorrow (1968), e conta a história de um rapaz chamado Sebastian F. Sorrow, que não tem uma vida muito feliz. É, praticamente, um pré-Tommy do The Who.

S. F. Sorrow - 1968


Fontes:


2 de jul. de 2011

The Charlatans: Pioneiros de São Francisco

 viagens lisérgicas e teatro underground
The Charlatans no Golden Gate Park, em São Francisco - 1966


Esta é uma das primeiras bandas de rock psicodélico, que a exemplo dos Byrds, não passou pelo garage rock.  Foram Pioneiros em vários aspectos do gênero: na música, na visualidade, na moda e na atitude.

The Charlatans

Grupo formado em 1964/65, tiveram sua estréia num verdadeiro salão de velho oeste: o Red Dog Saloon, casarão do século XIX, localizado em Virginia City, Nevada. Esta cidade é próxima de São Francisco, na Califórnia.


Red Dog Saloon em 2005


Foram contratados pelo dono do Saloon na época, enquanto ele dirigia por São Francisco e avistava dois cabeludos na calçada. Perguntou-lhes se eram os Byrds e estes responderam-lhe que eram os Charlatans.



Além dos shows efervescentes no Red Dog Saloon, um dos membros, George Hunter, era dono de uma boutique, que vendia roupas "só para malucos". As peças eram inspiradas na época vitoriana, nos cowboys e outras antiguidades.


The Amazing Charlatans, coletânea - 2004


Os músicos se vestiam de acordo com a boutique de Hunter, dando início à uma imagem dândi que permeou vastamente a visualidade dos grupos de rock, principalmente na Inglaterra.


George Hunter

Foram responsáveis por um dos primeiros cartazes psicodélicos da história, que ficou conhecido com " a semente" (the seed) e foi desenhado pelos próprios membros da banda (provavelmente Hunter).


O poster semente


No cartaz vemos embriões das famosas letras distorcidas, as imagens são postas de forma 
caleidoscópica, sem uma organização linear.



Os Charlatans ficaram em atividade até 1969, quando finalmente saiu seu primeiro LP. Nos anos 90 saiu uma coletânea chamada The Amazing Charlatan's, reunindo todas as músicas perdidas por aí.


The Charlatans - 1969


Embora pioneiros, não alcançaram grande exposição, mas participaram muito da cena. Uma de suas aparições foi no teatro Underground Straight Theatre, em São Francisco. 


Straight Theatre no Haight Ashbury

Participaram de um show-teatro-performance promovido por Kenneth Anger.


"Amor é a lei, amor sob vontade" - cartaz para o Equinócio dos Deuses,
com participação dos Amazing Charlatans


O nome da peça era "O Equinócio dos Deuses", adaptação de Anger para o livro de Aleister Crowley, que conta como este ultimo escreveu o famoso Livro da Lei. 




Musicalmente, os Charlatans vão do Blues ao Folk, passam pelo Country e reúnem de maneira experimental várias influências da música popular norte-americana.


Fontes
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