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1 de nov. de 2012

Valhalla

Viagem ao reino encantado de Odin
Valhalla - 1969

Mais uma banda de um disco só que se tornou raridade e desperta a curiosidade dos aficionados pelo rock de fins dos anos 1960. 



Valhalla (1969), disco homônimo do grupo de Long Island, terra natal de H.P. Lovecraft, é mais uma peça da onda heavy blues - heavy psicodélica, que teve como expoentes o Deep Purple, o Cream, o Vanilla Fudge e o Iron Butterfly, entre outros. 



Desde a sonoridade até a iconografia calcada na mitologia nórdica, podem ser considerados influência e um prenúncio do Heavy Metal setentista e posterior, vide o Viking Metal.




Fontes

14 de set. de 2012

The Godz

Rudeza psicodélica, Minimalismo primata e Dadaísmo sonoro


Banda underground e experimental de Nova Iorque, uma das pioneiras do rock psicodélico junto com Red Krayola, The Fugs, The Holy Modal Rounders e outras loucuras do gênero.




Toda esta turma estava interessada na busca do esquisito, dissonante, nonsense, primitivo e espontâneo, uma inspiração que também nunca se distanciava da ironia e do deboche.


Contact High - 1966: o primeiro LP teve duas versões para a capa

Como resultado surgiu uma sonoridade rotulada de noisy-rock ou mesmo avant-noise psicodélico e ainda proto-punk.


Contact High - 1966: Segunda capa.


The Godz foi um grupo surgido ao melhor estilo dadaísta: ao acaso. Eram 4 rapazes que trabalhavam em uma loja/gravadora chamada ESP (abreviação de Esperanto), especializada em free jazz e coisas incomuns.

Ao assistirem uma apresentação do The Fugs, se sentiram inspirados a realizar suas próprias investigações deixando fluir a criatividade e o inconsciente.


Godz 2 - 1967

Convencem a duras penas seu próprio chefe, dono da ESP, a produzir e lançar seu primeiro disco: Contact High, em 1966. 

No final das contas acabaram agradando ao ex-patrão que, sem saber, abrigou sob as próprias asas uma rareza inconfundível.

Neste mesmo ano, novamente por obra do acaso, acabam conhecendo e participando de um curta-metragem do cineasta underground Jud Yalkut, ligado à contracultura, que integrou por um período o coletivo artístico USCO.



Em 1967 sai o segundo trabalho, The Godz 2, desta vez com uma preocupação intelectual maior e mais planejada do que o caos completo do primeiro LP. 

Porém, isto não significa a perda do veio anárquico e sim a busca por situar-se de fato no caldeirão do vanguardismo sonoro da época.


The Third Testament - 1968

Em 1968, após a saída de um dos integrantes, lançam o terceiro LP: The Third Testament, que seria o ultimo da fase vital da banda, que acabou em 1973.



Fontes


20 de jul. de 2012

Light Show: experiência imersiva lisérgica

1º Parte: A desconstrução da consciência através do bombardeamento sinestésico

Mark Boyle's Sensual Laboratory - 1967
Uma das mais populares expressões da vanguarda artística psicodélica, que marcou os âmbitos underground da arte nos anos 1960 foram os light shows (show de luzes).

Os light shows consistiam em projeções coloridas dos mais variados tipos, aliadas à música e à performance, tanto de artistas e músicos quanto do próprio público.


Mark Boyle's Sensual Laboratory - 1967
As projeções eram feitas com gelatina e outros líquidos coloridos, que eram prensados por duas lentes de vidro, colocadas sobre os projetores.

Com o calor da luz as gelatinas derretiam e se misturavam formando manchas coloridas em movimento



A habilidade do artista que montava estas projeções garantia enorme variedade de efeitos caleidoscópicos. 

USCO: Us down by the Riverside

Claro que, em tudo, o acaso e o caos eram elementos seriamente levados em consideração. Outros tipos de light shows eram conseguidos através das luzes estroboscópicas

Mark Boyle e Joan Hills numa de suas projeções fluídas - 1966

Muitas das máquinas usadas para projeção eram especialmente desenvolvidas pelos engenheiros-artistas que sempre compunham os coletivos de Light Shows.


Mark Boyle: Earth, Air, Fire & Water - 1966

Dentre os mais famosos estavam o grupo USCO, de Nova Iorque, e o grupo Mark Boyle's Sensual Laboratory, do artista inglês Mark Boyle e sua esposa Joan Hills.


Mark Boyle: Earth, Air, Fire & Water - 1966

USCO era uma abreviação para Us Company (Nós Companhia, ou Companhia de Nós), um coletivo que reunia pintores, poetas, videomakers, engenheiros, performers e vários tipos de artistas.


USCO: Shiva, da instalação Tabernáculo - 1966

Este coletivo foi um dos mais experimentais, levando a experiencia do Light Show para além do encantamento lúdico/hipnótico que promovia aos shows de rock.


Instalação Tabernáculo - 1966

O intuito de suas instalações era o de sobrecarregar de estímulos a consciência, ainda mais do que já era sobrecarregada pelo ambiente midiático cotidiano, para então fazê-la ceder e trazer a tona o inconsciente.


No, Ow, Now - Um dos mantras do USCO


Fontes
Boyle's Family - Site Oficial do artista Mark Boyle
PooterLand - Boyle's family

12 de fev. de 2012

Vanilla Fudge

Orgão Hammond e Heavy Psych
Vanilla Fudge - 1967

Vanilla Fudge é um conjunto nova-iorquino que começou a aparecer bastante em 1967, com o lançamento de seu disco de mesmo nome, repleto de covers.

Cartaz de apresentação no Avalon Ballroom - São Francisco

Porém, as regravações eram mero suporte para a expressão criativa que realizaram através do Rock Psicodélico Pesado.


Isto fez do Vanilla Fudge um grupo requisitado na abertura de shows que incluíam grandes nomes como Jimi Hendrix Experience, Cream, Led Zeppelin e parcerias com Jeff Beck.


São um dos precursores do Heavy Metal e do uso do órgão Hammond para criar ambiências soturnas e lisérgicas ao exemplo de Iron Butterfly e Deep Purple.


Lançaram 4 discos entre 1967 e 1970. O terceiro disco Renaissance (1968) foi o mais aclamado por muitos críticos, contendo covers e músicas próprias.


Fontes

10 de jan. de 2012

The Deep - Psychedelic Moods

Deixe sua mente ao sabor dos Humores Psicodélicos
Psychedelic Moods - 1966

Banda underground da Filadélfia. Não há registro de apresentações e, ao que se sabe, foi um grupo de estúdio cujo único integrante conhecido é o vocalista e guitarrista Rusty Evans.

Rusty Evans

Tiveram seu único disco, Psychedelic Moods, lançado por volta de Agosto de 1966, dois meses antes da criminalização do LSD nos EUA.




Talvez por isso este disco seja um belo exemplar da reunião de todas as nuances da cena. Haviam passado pelo auge do caos da experimentação psicodélica ainda na legalidade.

O ápice desse caos era descrito de modo sensacionalista na capa: A Mind Expanding Phenomena - um fenômeno da expansão da mente.

Éter Cor de Rosa


Com toda essa vivência, o único disco dos Deep se tornou uma verdadeira coletânea dos humores psicodélicos (psychedelic moods), indo do garage e protopunk ao acid, folk e pop psicodélico.

Reza a lenda que a capa deste pouco vendido LP foi uma das primeiras em que figurou a palavra Psychedelic, com meses de antecedência aos bem sucedidos álbuns dos Blue Magoos e 13th Floor Elevators, que também a continham.


The Freak Scene - Psychedelic Psoul - 1967


Após o ano de 1966, o único integrante conhecido, Rusty Evans, formou outra banda: Freak Scene, que teve o mesmo destino dos Deep - a dissolução e o esquecimento



Fontes
 excelente texto;
 os poucos fatos encontrados sobre a banda estão resumidos na wikipedia;
 texto original, analise detalhada do disco.


9 de ago. de 2011

The Druids of Stonehenge

Blues Rock e Garage
Creation - 1968

No início (1965) eram apenas The Druids, a sonoridade seguia o estilo R&B raivoso dos Pretty Things,  Animals,  Them, Troggs e outras bandas inglesas dessa linha. Por serem americanos, os Druids tornam-se singulares.



O repertório consistia de covers de Bo Didley, Big Joe Williams, Screamin' Jay Hawkins e outros clássicos do Blues.




Em 1968 gravaram o LP Creation e o nome da banda mudou para The Druids of Stonehenge (os Druídas do Stonehenge), conforme a onda psicodélica. 



Segundo os Druids, o álbum (que é genial) deveria soar ainda mais pesado do que ficou. Deveria ser uma obra de Blues Rock e Heavy Psych, mas acabou atenuada por iniciativa do empresário, que queria um som pop



Fontes
Peppermint Blogspot - com comentários dos próprios integrantes 

26 de jun. de 2011

The Fugs

Punk-folk de protesto 
The Village fugs (ou The Fugs First Album) - 1965

Banda formada em Nova York que fez parte de uma ativa cena underground, tanto em Nova York quanto na Califórnia.

Experimentais e influenciados pela Beat Generation, tiveram aproximações inusitadas com o folk-rock.


Eram uma banda "de protesto". Este rótulo não os define em totalidade mas representa uma característica forte da banda, cujas letras são cáusticas e irônicas, as apresentações permeadas por performances freaks cujo som era igualmente amalucado.


Uma descrição possível para sua sonoridade é pensar num punk-folk psicodélico nada usual. O nome da banda é um eufemismo para "Fuck". O som da palavra "Fug" é similar.

Virgin Fugs (ou The Fugs Second Album) - 1967

São também uma espécie de mistura de Frank Zappa com Velvet Underground. Diferentemente destes últimos, tiveram uma boa aceitação na Califórnia, o que provavelmente se deve a forte influencia que tiveram da Beat Generation.


Influenciaram também Sgt. Pepper's, pois Paul McCartney ficou impressionado com um disco da banda durante as gravações. Paul mantinha uma conta numa loja de discos britânica, que lhe mandava os últimos lançamentos que lhes chegavam à mão.



A estréia do The Fugs foi num local importante para a cena underground de Nova York: a Peace Eye bookstore. Lá estavam Andy Warhol, William S. Burroughs, Allen Ginsberg, entre outros.

Peace Eye Bookstore


Fonte

1 de jun. de 2011

The Silver Apples

 Pioneiros da eletrônica e de estilos como o krautrock, dance music e indie rock
Silver Apples - 1968

Banda norte americana (na verdade um duo), formada em Nova Iorque em 1967. A princípio era uma banda completa, que se chamava The Overland Stage Electric Band

capa de um tributo ao duo feito nos anos 90

Começaram a experimentar com osciladores de áudio e então a necessidade de outros músicos foi diminuindo. 

Na verdade estavam experimentando uma nova forma de fazer rock (a exemplo do Kraftwerk anos depois).


A banda diminuiu para dois músicos: Simeon Coxe III (sintetizador) e Danny Taylor (bateria). 

O sintetizador usado foi construído pelo próprio Simeon e consistia de doze osciladores, partes de rádio, inúmeros descartes eletrônicos, filtros de som, etc. 

Um aparelho feito por meio da colagem tecnológica.


Simeon Coxe III e seu sintetizador

O primeiro disco saiu em 1968, pela KAPPA Records e se chamou Silver Apples. Este álbum teve apenas um single, a música Oscillations, que chegou a entrar para o top 10 de várias cidades americanas.

Simeon Coxe III 

O segundo disco Contact, de 1969 fez bastante sucesso e gerou polêmica devido à contra-capa: a dupla frente aos destroços de um acidente aéreo. Na capa eles aparecem pilotando um avião. 

Este disco rendeu ao Silver Apples uma turnê nacional (em todo os EUA).

Contact - 1969

Link para a contra-capa:


O terceiro disco que seria lançado em 1970, ficou guardado por quase 30 anos, aparecendo somente em 1998. 

O motivo foi que a gravadora KAPPA fechou e o duo ficou sem um selo, o que ocasionou o fim da banda. 



Finalmente em 1998, o terceiro disco, intitulado The Garden, saiu por uma gravadora alemã.

The Garden - 1998



Fontes
Entrevista recente com Simeon Coxe III:
Rock Sucker

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