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8 de set. de 2019

Flaviola e o Bando do Sol


Poesia folk nordestina

Flaviola e o Bando do Sol (1974)

Flaviola (Flávio Lira) é um músico recifense que, em 1974, gravou um dos álbuns de rock psicodélico brasileiro que integrariam o chamado movimento udigrudi (underground) pernambucano.  Trata-se do disco Flaviola e o Bando do Sol, exemplar único, com produção e participação de Lula Côrtez e outros expoentes do período.

Calcado em uma sonoridade folk, produz uma síntese entre as influências da contracultura estadunidense e inglesa com a cultura regional do Recife. Uma alusão pode ser feita ao que foi desenvolvido pelo grupo Quinteto Armorial, sob a influência do pensamento de Ariano Suassuna, que buscou desenvolver a música erudita nordestina buscando elementos na música popular.


Apesar do nacionalismo de Suassuna ser antagônico à aberta recepção estrangeira por parte do udigrudi de Pernambuco, no disco de Flaviola encontramos uma estética que remete a um certo popular tradicional com evocações medievalistas – em grande parte por causa dos ecos do folk psicodélico inglês – que, ironicamente, aponta para um lugar similar ao que buscava o Quinteto e também a Orquestra Armorial.


Fontes



5 de jan. de 2016

Psiglo

Ideación - !972

Este foi um grupo uruguaio que fez sucesso durante a primeira metade dos anos 1970 porém, tiveram que debandar para a Europa após o acirramento da ditadura militar no Uruguai.

Lançaram dois LP's, o primeiro em 1972 (Ideación) e o segundo em 1974 (Psiglo II), de sonoridade hard rock - progressiva. Posteriormente, em 1991, gravam seu terceiro álbum em Madrid, na Espanha, lugar para onde se decidiram mudar com exceção do baterista, Gonzalo Farrugia.

Farrugia foi um músico importante para o rock hispano-americano e partiu dele a iniciativa de criar o grupo. Em sua adolescência sonhou que fazia parte de uma banda chamada "Siglo". Um dia escreveu esse nome em um guardanapo de bar e então Jorge García Banegas, outro integrante, acrescentou a letra "P".

Além do Psiglo, Gonzalo Farrugia foi baterista do Crucis, um relevante grupo argentino que também produzia um som entre o hard rock e o progressivo. Após longa carreira entre projetos e parcerias com músicos do México, Argentina e Uruguai, infelizmente ele se suicida em Janeiro de 2009.

Psiglo II - 1974


Fontes
DelUruguay
Wikipedia
El Pais

19 de out. de 2015

A Bolha

"Quando chegamos no Brasil decidimos parar de fazer covers desses caras porque vimos que não dava para fazer igual. Decidimos escrever as nossas próprias composições. Vamos seguir outro caminho."

EP (1971)

Grupo carioca formado em 1965, podem ter sua história dividida em dois momentos: pré-festival da Ilha de Wight e pós-festival, que ocorreu em 1970. Em seu início produziam versões de clássicos do rock inglês, como por exemplo Por que sou tão feio?, originalmente Get off of my cloud dos Rolling Stones e Trabalhar, conhecida como For your Love dos Yardbirds.

Um Passo A Frente (1973)

Após assistirem à grandes shows na Ilha de Wight, mudaram o foco para composições autorais. Gravaram então dois discos: Um passo a frente (1973) e É proibido Fumar (1977). Encontramos aí um misto de rock progressivo, hard rock, heavy psych e até soul e disco music no segundo álbum, de 1977. 

É merecido o destaque para as faixas Sem Nada e Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô, de 1973, também saídas em um EP entitulado A Bôlha em 1971. Do álbum É proibido Fumar o destaque vai para as faixas Deixe tudo de lado, Difícil é ser fiel e Sai do Ar.

É Proibido Fumar (1977)

Desde o início também acompanharam grandes nomes da MPB como Gal Costa, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso e Raul Seixas. Participaram da gravação de Não pare na pista e Como vovó já dizia, de Raul Seixas. Junto com ele e com Os Mutantes, podem ser considerados o que há de melhor no rock brasileiro.


Fontes

28 de ago. de 2012

Serguei e Banda Pandemonium

 "Só quando transgredimos a estrutura musical padronizada, alcançamos uma mudança significativa dos conceitos"
Serguei e Banda Pandemonium

Pandemonium é uma banda carioca de hard rock, heavy metal e rock and roll. Atuam no cenário do rock brasileiro desde os anos 1990.


Atualmente preparam-se para um novo cd. Pela prévia  da faixa Mano Velho, disponível no youtube, podemos esperar um trabalho que transitará não só pelo heavy rock como também pelo blues pesado e stoner rock.


Em seu site oficial a banda disponibiliza mais 9 faixas, incluindo material gravado com Serguei, uma parceria que já dura 4 anos e resultou num cd: Bom Selvagem, de 2010.

Bom Selvagem - 2010

Este disco é uma compilação de músicas antigas do cantor, censuradas pela ditadura devido às temáticas acentuadamente lisérgicas, que finalmente ganharam registro sonoro.
 

A parceria começou em 2008, no Circo Voador, Rio de Janeiro. Além do disco Bom Selvagem, muitos shows foram e estão sendo feitos. Este ano Serguei e Pandemonium marcaram presença na Virada Cultural, em São Paulo.


Serguei é um dos ícones do rock brasileiro, em especial do underground psicodélico nacional. Lançou um série de compactos nos anos 1960 que em 2002 se tornaram uma compilação editada pelo selo Baratos e Afins.

Serguei - 2002

Beirando os 80 anos, Serguei é um dos autênticos representantes do rock and roll way of life.


Segue agora uma mini-entrevista, gentilmente concedida pelos integrantes da banda:

1 – Como surgiu a Pandemonium? Como foi a trajetória dos anos 90 até hoje?

André:  eu e meu irmão já tocávamos juntos desde a década de 80 em bandas. Em 1990, entramos pra antiga cidade elétrica (produtora), onde passamos por divergências engraçadas de nomes, entre eles, a maior curiosidade, foi termos tido nome de NIRVANA* antes do estouro das bandas de Seattle, em seguida viemos com o nome pandemonium, que mantemos até hoje. Desde então, agora resolvido o nome, viemos através dos anos 90  trazendo na bagagem toda a influencia que pela qual passamos, desde o hard-rock/metal anos 80/70, passando pelo movimento grunge (do “nirvana americano” rs..) e transformando isso em uma formula de rock “crú” e direta, o “rock and roll” pandemonium.

2 – O que planejam para o novo disco? Também será em parceria com Serguei?

BANDA:  Apresentaremos no novo disco algumas das diversas músicas que fizemos ao longo de toda a carreira da banda, selecionamos as músicas com a intenção de mostrar as diversas influências que tivemos ao longo dos anos. Neste novo disco, haverá apenas uma música com participação do Serguei, mas temos a intenção de fazer um outro cd com ele, gravando outras músicas que ele lançou ao longo da carreira. Assim como no Bom Selvagem, faremos novos arranjos para as músicas.


A banda Pandemonium é
André Ribeiro – vocal
Diego Brisse – guitarra
Marcio Baugartenh – baixo
Alex “Anjo” – bateria


Fontes

23 de ago. de 2012

Fábio

"Lindo Sonho Delirante, hoje eu quero viajar! O Pentágono não sabe que agora é hora de amor."

Cantor nascido no Paraguai em 1946, fixa morada no Brasil no início dos anos 1960 para estudar e tentar a carreira artística.



Batizado Juan Senón Rolon, inicia sua carreira em 1966 sob o nome artístico Juancito, aparecendo em programas da Rádio Record, em São Paulo.



Durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, conhece Carlos Imperial, produtor musical, ator e compositor de sucessos como A Praça, gravada por Ronnie VonFoi Carlos Imperial quem sugeriu à Juancito a mudança de nome artístico, que passou a ser chamado de Fábio.


Fábio - 1969

Sob esta nova alcunha, Fábio muda também a sonoridade romântico-yê-yê-yê para o funk-soul-rock-psicodélico de seu compacto Lindo Sonho Delirante/Reloginho, lançado em 1968.

Esta guinada no estilo se deveu, além do nome, à sólida amizade que o cantor passou a construir com Tim Maia. Fábio o conheceu enquanto se apresentava na Boate Cave, no Rio.


Os Frutos de Mi Tierra - 1972

O compacto LSD é intrigante pelo fato de não ter despertado o interesse da ditadura. Passou despercebido mas também não fez muito sucesso.


Fábio e Joel Stone, idealizador da coletânea
Brazilian Guitar Fuzz bananas

A sigla LSD aparece de modo proeminente na capa e também faz alusão ao famoso trocadilho da canção Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles, que muitos afirmam não ter sido intencional. No caso de Fábio, o sarcasmo e o trocadilho foram brilhantemente propositais.



Em 1969 é lançado seu primeiro LP, que inclui o seu maior sucesso: Stella, uma canção composta em parceria com Carlos Imperial.




Fontes


8 de mar. de 2012

Violeta de Outono


New Wave Psicodélica
Violeta de Outono - 1987

Grupo underground de São Paulo, formado em 1984. É certamente um dos maiores expoentes do rock psicodélico e progressivo no Brasil (coisa bem obscura em terras tupiniquins).


Reflexos da Noite -  EP - 1986

Lançaram 10 discos entre 1986 e 2011, com uma sonoridade marcada pelo rock psicodélico à moda inglesa e um tanto afastado do Blues (que era componente essencial das modalidades mais pesadas do gênero), porém muito mais próximo da New Wave e, portanto, das experimentações mais afeitas à eletrônica, ao punk e ao jazz.


Eclipse - Ao Vivo - 1986

Seu Disco de estréia foi Violeta de Outono (1987), antecedido por um magnífico EP - Reflexos da Noite (1986). As temáticas evocam um ar esotérico, ambientadas por uma sonoridade espacial. 

The Early Years - Covers - 1988

o Grupo é a encarnação brasileira de Invisible Opera Company of Tibet, projeto iniciado nos anos 1970 por David Allen, do lendário Soft Machine e também Gong. 

Sob este nome lançaram recentemente o disco UFO Planante (2010), que é o terceiro de uma série: Cosmic Dance (1992) e Glisando Spirit (1997).


IOCT - David Allen, Robert Calvert, Gilli Smith - 1987

Invisible Opera Company of Tibet é um projeto em que vários músicos de psicodelia, jazz, prog rock e afins, por todo o mundo, lançam discos com este pseudônimo com o objetivo de formar uma rede panteísta da música e da arte.


UFO Planante - 2010

Se ficarem sabendo de algum show da banda, não percam. É uma das melhores apresentações que verão. Além da psicodelia sonora, resgatam um pouco da magia dos light shows.


IOCT  Tropical Version


Boa Brisa à todos!

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3 de mar. de 2012

Loyce e os Gnomos

Garage Rock e Fuzz underground brasileiro
O despertar dos mágicos - EP - 1969


Banda obscura sessentista, atuante no estado de São Paulo, mais precisamente na cidade de Ribeirão Preto.

Autores de um garage rock barulhento e pesado, coisa rara de se ver no Brasil de então, recentemente tiveram o seu único compacto, O despertar dos Mágicos, em maior evidência devido às faixas presentes na coletânea Brazilian Guitar Fuzz Bananas.

Esta coletânea foi idealizada pelo brasileiro Joel Stones, dono da loja Tropicália In Furs, localizada no East Village em Nova Iorque e especializada em rarezas obscuras do psicodelismo nacional.

Contra-capa


Este poderoso EP, relançado pela Valeverde Records com edição limitada, foi originalmente editado por um selo chamado Do-Re-Mi, em 1969. Dentre as pessoas que figuram nos agradecimentos da banda está um enigmático Tom Zé.


Teria sido o mesmo Tom Zé, ícone da Tropicália? 
fica a questão.




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13 de nov. de 2011

Mel Azul

eletrônico-improvisado-fluído-da-mente


Grupo psicodélico brasileiro recém-surgido, que também é um projeto paralelo do baterista do Garotas Suecas.

Esta é mais uma das boas mostras de psicodelia que continua bem viva pelos caminhos do underground. Mesclam música, imagem e ambiente numa empreitada sinestésica.

Mel Azul - 2011


Lançaram este ano seu primeiro EP que também se intitula Mel Azul, disponível para audição em seu myspace.




A sonoridade mescla ainda improvisos eletrônicos e jazz. Lembram o caminho traçado pelos Silver Apples, banda vanguardista nova-iorquina de 1969.


Estão fazendo shows por aí, no circuito alternativo de São Paulo. A melhor maneira de apresentá-los é segundo seu próprio texto do myspace:


Psicopneumática-multicolorida & espontânea banda: Mel azul converge a psicodelia com o improviso em músicas extensas que começam e terminam o tempo inteiro sem respirar. Mel azul te cozinha em fogo alto para te servir no prato cheio de uma bateria biônica, enquanto o contrabaixo vibra criando uma base que por si só existe e coexiste com uma guitarra aflita e urgente.


Freak out!

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24 de set. de 2011

Os Haxixins

Garage Rock Brasileiro


Esta é uma das melhores bandas do cenário atual e uma das boas e inspiradoras bandas do garage rock de sempre.




Os Haxixins surgiram em São Paulo, Brasil e sua peculiaridade (e também o seu grande trunfo) é a admissão incondicional de sua influência retrô.




Soam tão perfeitamente bem porque começaram de onde as bandas dos anos 60 pararam, utilizando equipamento de época.




Isto não os faz uma banda de saudosistas, são antes um grupo que possui muito comprometimento com uma estética.


Os Haxixins - 2007


Outro aspecto desse comprometimento é que se firmaram como uma autêntica banda sessentista de garage rock, com estilo próprio. Não são imitação de nenhuma outra banda daquela época.


Em outras palavras, são uma banda sessentista atual. Antes seguidores de uma "tradição" do que anacronistas.


Under the stones - 2010


Possuem dois discos: Os Haxixins (2007) e Under the Stones - Embaixo das Pedras (2010). Esperamos ansiosos por mais.





Fontes

26 de mai. de 2011

Laghonia

Rock Psicodélico Peruano, com influências de Beatles e Bossa Nova
Glue - 1969


É quase uma injustiça colocar esta banda no Limbo do Rock, porque, segundo fontes, são a banda de rock psicodélico mais famosa do Peru. Contudo, em relação ao resto do mundo, ainda permanecem obscuros.




Formada em 1965, passaram por transformações sonoras (à exemplo da Banda inglesa Kaleidoscope) até se firmarem no rock psicodélico, em 1969, com o disco Glue.


Glue - 1969

As influências do som da Laghonia vão de Beatles a The Zombies, incluindo Santana

Inspirados num calendário de propaganda turística brasileira, compuseram Bahia, décima faixa do disco Glue. Seu tecladista, Carlos Salom, tocava bossa nova antes de integrar a banda.




Lançaram três dicos: Glue (1969); Etcetera (1971); Unglue (2004).


Etcetera - 1971



Fontes
Lion Productions.org (em inglês)
Bandas Tornantes.Blogspot (em inglês)             
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