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15 de out. de 2012

White Noise

Ruído Branco: reunindo todas as frequências até o torpor da percepção
An Electric Storm - 1969

Grupo inglês formado pelo baixista clássico norte-americano David Vorhaus e a dupla britânica Delia Derbyshire - Brian Hodgson, pioneiros das experimentações eletrônicas no Reino Unido (além de Joe Meek).


David Vorhaus

Delia e Brian, em conjunto com Peter Zinovieff (o inventor do sintetizador VCS3) eram integrantes de um outro trio: Unit Delta Plus


Delia Derbyshire

Esse trio vanguardista participou do que pode ter sido a primeira Rave de todas: um festival inglês que integrou música eletrônica e artes visuais através dos Light Shows e experimentos sonoros diversos.


Delia Derbyshire

Este festival se chamou Million Volt Light and Sound Rave, idealizado pelo coletivo de designers BEV (Binder, Edwards & Vaughan). 


Brian Hodgson

Além da presença do Unit Delta Plus e seus trabalhos pautados pelo conceito de música randômica ou aleatória (vide John Cage e Pierre Boulez), o festival contou ainda com a mítica canção inédita dos Beatles chamada Carnival of Lights, jamais lançada e composta exclusivamente para o festival.


cartaz do Million Volt Light and Sound Rave

O álbum do White Noise de 1969, An Electric Storm, é lembrado por ter sido produzido pouco antes do surgimento do sintetizador Minimoog, que revolucionou as apresentações ao vivo e simplificou o processo de criação. 


An Electric Storm - 1973 (Versão norte-americana)

An Electric Storm é portanto, um disco de música eletrônica ainda "feito-à-mão" através de um aventuroso processo.


White Noise 2: Concerto for Synthesizer - 1974

Exploração de diversos efeitos em composições ora pop, ora experimentais, são a tônica do disco. Uma vibe psicodélica à la Syd Barret perpassa algumas faixas. 


White Noise 3: Re-Entry - 1980

A sonoridade espacial está afinada com outros experimentos da época como os Silver Apples, Fifty Foot Hose, Morgen e muito mais.


White Noise 4 : Inferno - 1990

Delia Derbyshire e Brian Hodgson saíram do White Noise na déc. de 1970 e outros álbuns posteriores à An Electric Storm (White Noise I, II, III, IV e V) foram produzidos e lançados por David Vorhaus.


White Noise 5: Sound Mind - 2000

Já em An Electric Storm, David Vorhaus vinha desenvolvendo composições que culminariam no estilo chamado Dark Ambient: um experimento de efeitos soturnos e melancólicos.




Fontes


6 de set. de 2012

Guru Guru



Grupo formado em 1968 na Alemanha, integrante da chamada cena Krautrock, ou rock progressivo alemão, que ocorreu durante os anos 1970.



Guru Guru foi uma das primeiras bandas associadas a este rótulo, criado para se diferenciar do rock progressivo anglo-americano, no entanto, a sonoridade da banda também pode ser descrita como acid rock e space rock.



Possuem influências de Jimi Hendrix, Frank Zappa e do free jazz, o que confere a marca barulhenta e improvisada.



São considerados o lado B do Krautrock, cuja popularidade é ostentada pelos Ammon Düll, Neu! e Can.


UFO - 1970 - Lançado pelo selo Ohr  (ouvido)

Passaram por várias formações, mas o baterista Mani Neumeier permaneceu como o principal mentor. O grupo durou oficialmente 10 anos e lançou muitos discos, sendo que o primeiro UFO (1970), abriga o clássico Der LSD - Marsch (o LSD - Março).



Fonte

2 de ago. de 2012

Joe Meek and The Blue Men


I Hear A New World - 1960 - Joe Meek and the blue men

Joe Meek foi um artista britânico, grande explorador das técnicas de gravação, um engenheiro-programador e mago da produção musical. 



Seu disco de 1960, um EP chamado I Hear a New World (Ouço um Mundo Novo), foi um album vanguardista para a época, sendo considerado um dos pioneiros da música eletrônica.


O estúdio onde realizava suas gravações era um discreto apartamento sobre uma loja de artigos em couro. 


O constante barulho, adorado por Meek, causava o incomodo de alguns traseuntes e também o inevitável desespero dos vizinhos conservadores e ávidos por pudicas noites de sono.

Um documentário sobre a vida incomum de Joe Meek.

Por não ser um músico propriamente dito (ele não tocava, não cantava e nem lia partitura), Joe Meek era acessorado por muitos instrumentistas e outros parceiros de produção. Seu estúdio era uma verdadeira Factory Warholiana de ordem musical.


Outra característica marcante foi seu envolvimento com o ocultismo e também sua frágil condição psicológica. Isto contribuiu para a sua genialidade e visão incomum, mas também para a sua ruína.

Telstar, o Filme

Meek era obcecado por Buddy Holly, era extremamente paranóico e era um caçador de fantasmas, chegando a construir equipamentos de gravação para capturar vozes do além em cemitérios.

Telstar by The tornados

Foi também o responsável pelo início da invasão britânica nas rádios norte-americanas. 

Suas composições Johnny Remember Me e (principalmente) Telstar, gravada pela banda The Tornados, passaram semanas em 1º lugar nas paradas dos EUA.


Joe Meek teve um fim trágico: suicidou-se em 1967, no dia do 8º aniversário da morte de Buddy Holly. Antes de se matar com um tiro, também matou sua arrendatária, Violet Shenton.



Fontes
Adrian Denning - Who is Joe Meek?
Porradobol blogspot - excelente postagem

20 de jul. de 2012

Light Show: experiência imersiva lisérgica

1º Parte: A desconstrução da consciência através do bombardeamento sinestésico

Mark Boyle's Sensual Laboratory - 1967
Uma das mais populares expressões da vanguarda artística psicodélica, que marcou os âmbitos underground da arte nos anos 1960 foram os light shows (show de luzes).

Os light shows consistiam em projeções coloridas dos mais variados tipos, aliadas à música e à performance, tanto de artistas e músicos quanto do próprio público.


Mark Boyle's Sensual Laboratory - 1967
As projeções eram feitas com gelatina e outros líquidos coloridos, que eram prensados por duas lentes de vidro, colocadas sobre os projetores.

Com o calor da luz as gelatinas derretiam e se misturavam formando manchas coloridas em movimento



A habilidade do artista que montava estas projeções garantia enorme variedade de efeitos caleidoscópicos. 

USCO: Us down by the Riverside

Claro que, em tudo, o acaso e o caos eram elementos seriamente levados em consideração. Outros tipos de light shows eram conseguidos através das luzes estroboscópicas

Mark Boyle e Joan Hills numa de suas projeções fluídas - 1966

Muitas das máquinas usadas para projeção eram especialmente desenvolvidas pelos engenheiros-artistas que sempre compunham os coletivos de Light Shows.


Mark Boyle: Earth, Air, Fire & Water - 1966

Dentre os mais famosos estavam o grupo USCO, de Nova Iorque, e o grupo Mark Boyle's Sensual Laboratory, do artista inglês Mark Boyle e sua esposa Joan Hills.


Mark Boyle: Earth, Air, Fire & Water - 1966

USCO era uma abreviação para Us Company (Nós Companhia, ou Companhia de Nós), um coletivo que reunia pintores, poetas, videomakers, engenheiros, performers e vários tipos de artistas.


USCO: Shiva, da instalação Tabernáculo - 1966

Este coletivo foi um dos mais experimentais, levando a experiencia do Light Show para além do encantamento lúdico/hipnótico que promovia aos shows de rock.


Instalação Tabernáculo - 1966

O intuito de suas instalações era o de sobrecarregar de estímulos a consciência, ainda mais do que já era sobrecarregada pelo ambiente midiático cotidiano, para então fazê-la ceder e trazer a tona o inconsciente.


No, Ow, Now - Um dos mantras do USCO


Fontes
Boyle's Family - Site Oficial do artista Mark Boyle
PooterLand - Boyle's family

31 de mai. de 2012

Fifty Foot Hose

Rock psicodélico eletrônico 
Cauldron - 1967

Grupo surgido nos idos de 1966/67 em São Francisco, Califórnia. Seu principal integrante é o baixista Cork Marcheschi. Também contava com Nancy Blossom, David Blossom, Kim Kimsey e Larry Evans.

Marcheschi era aficionado por música de vanguarda (John Cagepor exemplo) e em poesia visual experimental, como o Poème Électroniquede Edgar Varèse e Le Corbusier.



Em Poème Électronique, a estrutura e o ruído capaz de comunicar mensagens de maneira tonal (sem linguagem verbal), em consonância com a sequência 
de fotos, foi uma das coisas que fascinou Marcheschi. 

Uma comunicação instintiva / semi-consciente, para além do dizível.



Além dessas influências, tinham forte interesse no blues e no jazz. Marcheschi, a exemplo da dupla Silver Apples, construía seu próprio aparato de sintetizadores e outros dispositivos dos quais pudesse obter algum efeito.

A diferença em relação ao Silver Apples é que estes possuíam um som mais pop, enquanto que os Fifty Foot Hose eram marcados pela sonoridade californiana, ao estilo Jefferson Airplaneacrescida dos efeitos "espaciais" criados pelos sintetizadores.



Em 1967 lançaram seu único disco, Cauldron. Segundo Marcheschi, em entrevista, a capa brinca com combinações de símbolos alquímicos e da eletrônica, como por exemplo o símbolo de transistores.



Em 1968, a banda chegou ao fim, devido à dificuldade de gravar o segundo disco e também ao convite (aceito por quase todo o grupo) de integrar a equipe do musical Hair



Cork Marcheschi foi o único que não aceitou e partiu para o desenvolvimento de sua carreira de artista plástico.


Fontes

8 de mar. de 2012

Violeta de Outono



Violeta de Outono - 1987

Grupo underground de São Paulo, formado em 1984. É certamente um dos maiores expoentes do rock psicodélico e progressivo no Brasil (coisa bem obscura em terras tupiniquins).


Reflexos da Noite -  EP - 1986

Lançaram 10 discos entre 1986 e 2011, com uma sonoridade marcada pelo rock psicodélico à moda inglesa e um tanto afastado do Blues (que era componente essencial das modalidades mais pesadas do gênero), porém muito mais próximo da New Wave e, portanto, das experimentações mais afeitas à eletrônica, ao punk e ao jazz.


Eclipse - Ao Vivo - 1986

Seu Disco de estréia foi Violeta de Outono (1987), antecedido por um magnífico EP - Reflexos da Noite (1986). As temáticas evocam um ar esotérico, ambientadas por uma sonoridade espacial. 

The Early Years - Covers - 1988

o Grupo é a encarnação brasileira de Invisible Opera Company of Tibet, projeto iniciado nos anos 1970 por David Allen, do lendário Soft Machine e também Gong. 

Sob este nome lançaram recentemente o disco UFO Planante (2010), que é o terceiro de uma série: Cosmic Dance (1992) e Glisando Spirit (1997).


IOCT - David Allen, Robert Calvert, Gilli Smith - 1987

Invisible Opera Company of Tibet é um projeto em que vários músicos de psicodelia, jazz, prog rock e afins, por todo o mundo, lançam discos com este pseudônimo com o objetivo de formar uma rede panteísta da música e da arte.


UFO Planante - 2010

Se ficarem sabendo de algum show da banda, não percam. É uma das melhores apresentações que verão. Além da psicodelia sonora, resgatam um pouco da magia dos light shows.


IOCT  Tropical Version


Boa Brisa à todos!

Fontes
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