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24 de out. de 2011

The West Coast Pop Art Experimental Band

Incríveis Light Shows e a busca pelo sucesso

Esta é uma banda cercada de mistérios sobre a origem de seu intuito. O certo é que desejavam emplacar hits seguindo a onda psicodélica que tomou conta da Califórnia e dos EUA como um todo.

The west coast pop art experimental band part one - 1967

Basicamente a banda se resumiu a três integrantes, todos de Los Angeles. No início, eram dois ainda adolescentes e um adulto, na casa dos 30 anos. Uma combinação inusitada.

Vol. 2 (Breaking Through) - 1967

A West Coast Pop Art Experimental Band foi uma colagem de várias facetas do que vinha ocorrendo no psicodelismo: 

Light shows, misticismo e uma preocupação de vanguarda, daí o "pop art experimental band ", talvez um paralelo inspirado pelos light shows de Nova Iorque, feitos por Andy Warhol e os Velvet Underground.

Segundo a resenha presente no site All Music, a WCPAEB era uma banda que "lançou vários álbuns no fim dos anos 1960 que se encaixavam nos padrões de folk rock, freakouts e letras psicodélicas, sem estabelecerem uma identidade própria para a banda."




Hoje, os álbuns são uma boa amostra de seu contexto histórico, justamente por terem catalizado para si todos os clichês. 

Volume 3: A child's guide to good and evil - 1968

Where's my dad? - 1969

Fontes

30 de set. de 2011

Iron Butterfly

A primeira banda de rock pesado 
da história


Conjunto formado em meados de 1966, em San Diego na Califórnia. Logo mudaram-se para 
Los Angeles.

In-a-gadda-da-da-vida - 1968


Foram pioneiros do Acid Rock, também chamado Heavy Psych e posteriormente Hard Rock. O rock psicodélico pesado foi a febre californiana do final dos anos 1960.



O peso das músicas era focado principalmente no baixo e na bateria, sempre harmonizados pelo teclado e também a guitarra.



Fizeram muito sucesso naquele período, porém, hoje permanecem desconhecidos em comparação com outras bandas da mesma cena: 
The Doors, Jefferson Airplane, The Who, Cream, Traffic e Grateful Dead.

Heavy - 1968


In-a-gadda-da-vida foi o seu maior sucesso, conquistando muitos prêmios e várias semanas no topo da Billboard. Foi um fenômeno inacreditável para uma música de quase 20 minutos.



Estiveram em atividade entre 1968 e 1976. Nos anos 2000 voltaram a se reunir e a excursionar pelos EUA. No ano passado fizeram um tour pela Europa.

Metamorphosis - 1970


Continuam no inconsciente das gerações que se seguiram através de inúmeros usos de suas músicas em trilhas de filmes, seriados e outros programas de TV.

Ball - 1969



Fontes

11 de jul. de 2011

Mass in F minor: Missa em Fá menor - por David Axelrod e The Electric Prunes

Missa pop psicodélica cristã: colagem musical entre o profano e o sagrado
Mass in F minor - 1968

Missa em Fá menor: trata-se do terceiro álbum do grupo Electric Prunes, que já figurou em uma das postagens do blog. Mas este disco merece uma em especial. 

The Electric Prunes

Lançado em 1968, as músicas do álbum foram inspiradas na missa cristã em latim, misturando canto gregoriano com rock psicodélico (o que combinou muito bem!).

Despertai!

Produzido e composto por David Axelrod (que pouco depois passou a desenvolver um trabalho próprio como músico de jazz, progressivo e eletrônica), este é o disco mais ousado gravado pela Electric Prunes, uma simples banda de rock psicodélico de garagem.


Os Prunes eram uma excelente banda para seu contexto, mas não chegavam a ser experimentais. 

Por alguma razão (talvez mesmo a simplicidade do som psicodélico-primata que faziam), David Axelrod os convidou para darem forma sonora à sua ideia original de gravar uma missa pop-psicodélica-cristã

O fato é que a banda não conseguiu gravar todo o disco, com exceção dos vocais.


Então, foi contratada uma banda canadense para terminar o trabalho: The Collectors. Porém, de um disco de 6 músicas, 3 foram inteiramente gravadas pelos Prunes, sem falar que nas outras três também houve contribuição da banda, o que é suficiente para afirmar o disco como sendo deles. 



Dentre estas três faixas totalmente gravadas pelos Prunes está Kyrie Eleison, que entrou para a trilha sonora de Easy Rider.


A ideia de missa pop psicodélica surgiu de uma percepção sincrética, vislumbrada por Axelrod, de influências do ambiente consideradas sagradas ou profanas, que ocorrem durante o cotidiano. 


Um mesmo cristão ouve os sons da rua e o silêncio contemplador de uma antiga catedral medieval, enquanto se dá conta disso, dentro da catedral, observando o exterior. Esse evento está retratado no texto de apresentação contido no encarte do disco.

As faixas do disco, acompanhadas da devida oração,
segundo a ordem da missa em latim

Obra-prima sem igual e também um disco que circulou mais pelo underground do que pelo mainstream. Uma bela visão psicodélica sobre a religiosidade cristã. Brisa pura!


The Electric Punes.
Em memória ao baixista Mark Tulin, que morreu em fevereiro de 2011.


Fontes

2 de jul. de 2011

The Charlatans: Pioneiros de São Francisco

 viagens lisérgicas e teatro underground
The Charlatans no Golden Gate Park, em São Francisco - 1966


Esta é uma das primeiras bandas de rock psicodélico, que a exemplo dos Byrds, não passou pelo garage rock.  Foram Pioneiros em vários aspectos do gênero: na música, na visualidade, na moda e na atitude.

The Charlatans

Grupo formado em 1964/65, tiveram sua estréia num verdadeiro salão de velho oeste: o Red Dog Saloon, casarão do século XIX, localizado em Virginia City, Nevada. Esta cidade é próxima de São Francisco, na Califórnia.


Red Dog Saloon em 2005


Foram contratados pelo dono do Saloon na época, enquanto ele dirigia por São Francisco e avistava dois cabeludos na calçada. Perguntou-lhes se eram os Byrds e estes responderam-lhe que eram os Charlatans.



Além dos shows efervescentes no Red Dog Saloon, um dos membros, George Hunter, era dono de uma boutique, que vendia roupas "só para malucos". As peças eram inspiradas na época vitoriana, nos cowboys e outras antiguidades.


The Amazing Charlatans, coletânea - 2004


Os músicos se vestiam de acordo com a boutique de Hunter, dando início à uma imagem dândi que permeou vastamente a visualidade dos grupos de rock, principalmente na Inglaterra.


George Hunter

Foram responsáveis por um dos primeiros cartazes psicodélicos da história, que ficou conhecido com " a semente" (the seed) e foi desenhado pelos próprios membros da banda (provavelmente Hunter).


O poster semente


No cartaz vemos embriões das famosas letras distorcidas, as imagens são postas de forma 
caleidoscópica, sem uma organização linear.



Os Charlatans ficaram em atividade até 1969, quando finalmente saiu seu primeiro LP. Nos anos 90 saiu uma coletânea chamada The Amazing Charlatan's, reunindo todas as músicas perdidas por aí.


The Charlatans - 1969


Embora pioneiros, não alcançaram grande exposição, mas participaram muito da cena. Uma de suas aparições foi no teatro Underground Straight Theatre, em São Francisco. 


Straight Theatre no Haight Ashbury

Participaram de um show-teatro-performance promovido por Kenneth Anger.


"Amor é a lei, amor sob vontade" - cartaz para o Equinócio dos Deuses,
com participação dos Amazing Charlatans


O nome da peça era "O Equinócio dos Deuses", adaptação de Anger para o livro de Aleister Crowley, que conta como este ultimo escreveu o famoso Livro da Lei. 




Musicalmente, os Charlatans vão do Blues ao Folk, passam pelo Country e reúnem de maneira experimental várias influências da música popular norte-americana.


Fontes

27 de mai. de 2011

The Human Expression

A fronteira entre garage e psicodelia
cd de 1994 - compilação de compactos da déc. de 60



Surgida em 1966, na ensolarada Califórnia, a Human Expression é uma banda que se situa entre o rock de garagem e o rock psicodélico.


capa alternativa


Durante os anos 60 lançaram somente singles e compactos, dentre os quais os seus clássicos: Everynight / Love at Psychedelic Velocity (1966); Optical Sound / Calm Me Down (1966).


contra capa - todas as músicas foram incluídas



Love at Psychedelic Velocity e Optical Sound são faixas singulares. 

A primeira possui experimentações que a colocam no limite entre rock de garagem e psicodélico, incluindo variações sonoras que beiram o punk e o lírico na mesma música.

Foto da banda encontrada em Last Fm.


Além disso figurou muito nos bailes psicodélicos regados a testes do ácido e 
show de luzes.


Alguém da banda. Foto encontrada em Last Fm.

Optical Sound é uma música igualmente cheia de efeitos e reverberações que reproduz e narra uma experiência com LSD.


Pura Sinestesia


Nos anos 90, todas as músicas de The Human Expression foram reunidas no cd Love at Psychedelic Velocity (1994).



Fontes

11 de mai. de 2011

H.P. Lovecraft

Exotismo e inspiração em 
contos de terror fantástico
H. P. Lovecraft  - 1967

Originários de Chigaco, EUA, fizeram enorme sucesso underground na cena hippie californiana. No início, o núcleo da banda era formado por dois músicos de estúdio, que tendo encontrado interesses mútuos, realizaram audiências para compor o resto da banda.


H. P. Lovecraft II - 1968

O nome também surgiu do interesse em comum dos dois músicos fundadores (George Edwards e Dave Michaels) e dos donos da gravadora a qual pertenciam (Dunwich records), no famoso escritor americano H. P. Lovecraft, que trabalhou a temática do horror fantástico em seus contos. 


Um dos clássicos de Lovecraft,
O Chamado de Cthulhu
Diga-se de passagem que Lovecraft tem uma influência vasta no rock, assim como o bruxo Aleister Crowley. Ambos serviram de inspiração para as contestações morais e religiosas da contracultura. Lovecraft tem uma legião de fãs dentro do Heavy Metal, o que faz da banda H. P. Lovecraft algo ainda mais único por ser uma das poucas psicodélicas com essa temática.




O primeiro disco da banda saiu em 1967, contendo mais covers do que música própria, o que não o desmerece em nada (é claro). O som obscuro e psicodélico da banda faz juz ao nome, e confere às versões um toque muito autoral. 


Conto publicado em 1919
A partir do lançamento do primeiro disco (que não entrou para as paradas), a banda começou a excursionar pela costa oeste norte-americana, ganhando notoriedade no circuito underground de São Francisco. 
A canção White Ship (composta pela banda, inspirada no conto homônimo de Lovecraft) alcançou grande fama por lá, tornando-se um single.



Nesse período (1967-1968),  a H. P. Lovecraft passou a excursionar também com grandes bandas da época, abrindo seus shows. Dentre estas bandas estavam Jefferson Airplane, Grateful Dead e The Who.


Outro clássico de Lovecraft,
Nas Montanhas da Loucura
O segundo disco veio em 1968, e chamou-se simplesmente H. P. Lovecraft II, contando com equilíbrio entre covers e músicas próprias. Desta vez o carro chefe foi a canção At the Mountais of Madness, outro conto de Lovecraft. O segundo disco é ainda mais aprofundado na psicodelia do que o primeiro, repleto de efeitos e passagens épicas.


Em 1969, a banda veio ao fim, com seus integrantes buscando projetos solos e paralelos, ou simplesmente retornando à Universidade. A H. P. Lovecraft tem ainda um terceiro disco, que é ao vivo, gravado no Fillmore Auditorium, casa de show muito importante para toda a cena de São Francisco.




Fontes
Este é um site de um colecionador de livros obscuros, contos de terror, bruxaria, ocultismo e afins. 

The Electric Prunes

Grupo que possui três álbuns pontuados por diferenças de estilo
Underground - 1967

Banda norte-americana, de Los Angeles, California. Em 1967 (o ano mais rico em psicodelia de toda a história do rock) assinaram com a RCA, gravadora de grande porte, para lançar seu primeiro disco, The Electric Prunes.


The Electric Prunes - 1967


Nesse disco está o maior sucesso da carreira dos Prunes, a música I Had too Much To Dream (Last Night), canção que é um dos maiores clássicos do rock de garagem, um dos rótulos que também cabe aos Prunes.




E, como uma das caraterísticas do garage rock é a simplicidade, não eram músicos de muita técnica, tocavam em sua própria garagem ou em bares de subúrbios e não compunham todo o seu material. 



Porém, ao conseguirem assinar com a RCA, seu primeiro disco emplacou o top 10 das paradas norte-americanas daquele ano. Um feito espetacular para uma banda de garagem.



Mas, há um detalhe que talvez explique o enorme sucesso alcançado pela banda: ao assinarem com a RCA, gravaram em seu primeiro disco o material totalmente composto por duas mulheres empregadas da gravadora: Anette Tucker e Nancie Mantz. Logo, a gravadora apostou na banda ideal para suas próprias músicas. E deu muito certo.

Outro fato notável, em relação ao primeiro disco, é o de duas mulheres serem empregadas de uma gravadora no cargo de hitmakers. Naquela época o rock era muito sexista (e hoje ainda é).





O segundo disco dos Prunes recebeu o título de Underground, e dessa vez era todo composto pelos próprios. Um trabalho excelente, mas o resultado foi que não alcançaram nenhuma posição das paradas, apesar de ser tão bom quanto o outro. Talvez, fosse essa sua intenção, e daí o título alusivo. 



O terceiro álbum do Electric Prunes, Mass in F Minor (1968), marca uma guinada no estilo da banda e também o seu fim. Em 1968 houve uma mudança de produtor, e os Prunes passaram a trabalhar com um homem ambicioso chamado David Axelrod


Mass in F minor - 1968

A ambição de Axelrod (não confundir com Axl Rose, haha!) era criar um mega álbum psicodélico e experimental (a exemplo de muitos projetos vanguardistas da época - ver Beatles, Pink Floyd, Frank zappa, Soft Machine, entre outros).


cena de Easy Rider - 1969
Axelrod escreveu o material e cuidava de todos os detalhes, sendo 
minucioso em seu trabalho. O resultado disso foi que os Eletric Prunes se mostraram incapazes de tocar o próprio disco, não tinham a técnica exigida por Axelrod, que contratou os melhores músicos de estúdio que pode encontrar, para desempenhar a tarefa. A única coisa que este disco tem da banda original são os vocais. É desse álbum a faixa Kyrie Eleison, que figura na trilha sonora do filme Easy Rider, marco da contra-cultura.

Fontes
Wikipédia (em inglês)
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