Grupo que possui três álbuns pontuados por diferenças de estilo
Underground - 1967 |
The Electric Prunes - 1967 |
Nesse disco está o maior sucesso da carreira dos Prunes, a música I Had too Much To Dream (Last Night), canção que é um dos maiores clássicos do rock de garagem, um dos rótulos que também cabe aos Prunes.
E, como uma das caraterísticas do garage rock é a simplicidade, não eram músicos de muita técnica, tocavam em sua própria garagem ou em bares de subúrbios e não compunham todo o seu material.
Porém, ao conseguirem assinar com a RCA, seu primeiro disco emplacou o top 10 das paradas norte-americanas daquele ano. Um feito espetacular para uma banda de garagem.
Mas, há um detalhe que talvez explique o enorme sucesso alcançado pela banda: ao assinarem com a RCA, gravaram em seu primeiro disco o material totalmente composto por duas mulheres empregadas da gravadora: Anette Tucker e Nancie Mantz. Logo, a gravadora apostou na banda ideal para suas próprias músicas. E deu muito certo.
Outro fato notável, em relação ao primeiro disco, é o de duas mulheres serem empregadas de uma gravadora no cargo de hitmakers. Naquela época o rock era muito sexista (e hoje ainda é).
O segundo disco dos Prunes recebeu o título de Underground, e dessa vez era todo composto pelos próprios. Um trabalho excelente, mas o resultado foi que não alcançaram nenhuma posição das paradas, apesar de ser tão bom quanto o outro. Talvez, fosse essa sua intenção, e daí o título alusivo.
O terceiro álbum do Electric Prunes, Mass in F Minor (1968), marca uma guinada no estilo da banda e também o seu fim. Em 1968 houve uma mudança de produtor, e os Prunes passaram a trabalhar com um homem ambicioso chamado David Axelrod.
Mass in F minor - 1968 |
A ambição de Axelrod (não confundir com Axl Rose, haha!) era criar um mega álbum psicodélico e experimental (a exemplo de muitos projetos vanguardistas da época - ver Beatles, Pink Floyd, Frank zappa, Soft Machine, entre outros).
cena de Easy Rider - 1969 |
minucioso em seu trabalho. O resultado disso foi que os Eletric Prunes se mostraram incapazes de tocar o próprio disco, não tinham a técnica exigida por Axelrod, que contratou os melhores músicos de estúdio que pode encontrar, para desempenhar a tarefa. A única coisa que este disco tem da banda original são os vocais. É desse álbum a faixa Kyrie Eleison, que figura na trilha sonora do filme Easy Rider, marco da contra-cultura.