Em 1968, Brian Jones viajou ao Marrocos para assistir ao JouJouka Festival, que acontece todos os anos na vila de JouJouka, ao sul das montanhas Rif, perto da cidade de Ksar-el-Kebir (Alcacer Quibir, em português).
Introduzido à vila por Mohamed Hamri, um artista marroquino que começou a promover o festival entre os poetas da Beat Generation, Brian Jones acabou gravando um disco: The Pipes Of Pan At JouJouka (As gaitas de Pan em JouJouka), que foi lançado em 1971, dois anos após sua morte.
Introduzido à vila por Mohamed Hamri, um artista marroquino que começou a promover o festival entre os poetas da Beat Generation, Brian Jones acabou gravando um disco: The Pipes Of Pan At JouJouka (As gaitas de Pan em JouJouka), que foi lançado em 1971, dois anos após sua morte.
Brian Jones |
O festival de Joujouka é um evento tradicional e religioso, que celebra os ritos Sufis. O Sufismo é um ramo místico do
Islamismo, cujas raízes na vila de Joujouka datam do século XV, com a chegada de Sidi Ahmed Schiech.
Por meio dele nasceu a tradição musical da vila, constituída de tambores, flautas, gaitas e vozes ritmadas, numa pulsação que dura horas e que cria sonoridades hipnóticas. Os músicos que as executam são conhecidos como Masters Musicians of JouJouka (mestres músicos de JouJouka). É uma tradição herdada de pai para filho.
Dançarino em transe representando Boujeloud |
O festival celebra a figura de Boujeloud, um mito sufi identificado por William S. Burroughs e Brion Gysin como uma versão de Pan, deus grego da música. Todas as primaveras Boujeloud traz o dom da flauta aos mestres músicos de Joujouka e abençoa seu povoado com a fertilidade.
William S. Burroughs e Brion Gysin (o primeiro foi um famoso escritor norte-americano, e o segundo um pintor inglês surrealista), estão entre as primeiras celebridades a conhecerem o festival de JouJouka. Atualmente, o lugar tonou-se um destino turístico.
Artigo de 2015 na Rolling Stone:
https://radiophrenia.scot/the-joujouka-international/