3 de mai. de 2015

Uriah Heep em São Paulo

Muito pesado e muito humilde 
na virada cultural


Em um sábado, dia 17 de maio de 2014, aconteceu mais uma edição da Virada Cultural, um tipo de evento que buscou inovar o formato do que se tem por entretenimento, tornando-se um misto de feira de rua com ocupação cultural e um ponto de encontro, concretizando assim um novo tipo de vivência do espaço urbano.

Um dos destaques da edição desse ano foi a banda inglesa Uriah Heep, uma das pioneiras do Heavy Metal. Em um show de cerca de 1 hora e 10 minutos apresentaram canções inéditas do novo álbum, Outsider, que saiu em Junho, e, é claro, alguns clássicos do lado B do Heavy Rock, diga-se de passagem.

Apesar de não serem tão populares, reuniram na noite de sábado um público dedicado e muitos curiosos interessados no que se passava. Tão interessados que a tradicional muvuca que se forma próximo ao palco estava mais agitada do que de costume: empurrões, estranhamentos, congestionamento humano e expressões efusivas de alegria delirante. Tudo isso era efeito da ansiedade que aumentava com o atraso do show.

No palco, o Uriah Heep, cujo único integrante original era o guitarrista Mick Box, manteve grande empatia com a multidão que os assistia. Houve sim uma interação público-artista, e a platéia, que eu me lembre, foi uma das menos alienadas que presenciei, embora também tenha sido uma das menos agradáveis.



cartaz

Gritos de gente insana, vendedores de cerveja pouco experientes, tumulto, novo princípio de turba e, consequentemente, nova busca por um lugar legal para ver o show. Uma luta tão sofrega quanto a tentativa de entrar no trem em horário de pico.

Essa experiência seria coroada durante a performance de Look at Yourself, clássico absoluto (precedida de Gypsy, do primeiro disco, de 1970), quando todos ao redor foram contemplados com uma chuva de cerveja sobre suas cabeças, orquestrada por um homem tomado pelo espírito do rock n' roll.

July Morning foi outro ponto alto, interpretada pelo carismático vocalista Bernie Shaw, na banda desde 1986. Essa canção, no entanto, automaticamente nos remete ao primeiro vocalista, David Byron, já falecido. Faltou algo da fase John Lawton.




Ghost ao vivo

Retorno da banda sueca 
ao Brasil

Ghost Papa Emeritus II foto de Kris Von D

Em 5 de setembro de 2014 a banda sueca Ghost se apresentou pela segunda vez em São Paulo, no HSBC Brasil. Agora sim, podemos dizer que houve um ritual completo, diferente da prévia do ano passado onde abriram os shows de Slayer e Iron Maiden.

Um clima ansioso contaminou a platéia 15 minutos antes do início, alimentado por incensos nos dois cantos do palco e uma música ambiente sinistra. As pessoas inquietas imploravam a abertura das cortinas.

Quando ela finalmente se abre, o cenário apresentado é o do interior de uma igreja medieval, onde os 5 Nameless Ghouls tocam a introdução que acompanha a música Per Aspera Ad Inferi, Infestissumam.

Papa Emeritus II entra em cena, o público delira. Em seguida, o ápice da abertura: a canção Ritual, do primeiro disco, Opus Eponymous. Agora sim, o teatro está completo.

Entre os pontos altos do show esteve Satan Prayer, embalada por muita devoção, Con Clavi con Dio que teve direito a incenso de mirra, Elizabeth, acompanhada por  rodas de bate-cabeça entre o público. Houve ainda provocações de Papa Emeritus em Body and Blood: "Vocês gostam de comer carne?".

Ao menos para mim, o momento mais atraente do show, de deixar de queixo caído, foi a execução de Death Knell, música que se mostrou mais intensa ao vivo do que no álbum. Talvez isso tenha acontecido porque o clima que buscam criar com o espetáculo, de repente, se traduziu perfeitamente na melodia mais arrastada, ou mais doom, de todas as suas canções. Um clássico.

O grupo mostrou grande sintonia naquele momento e Death Knell terminou com um arranjo diferente de guitarra e uma cadencia que progrediu para o pop. Pop, porém macabro. Seguida da versão de Here Comes the Sun e da instrumental Genesis, conseguiram emocionar o público com um dos melhores desfechos de álbum dos últimos anos. Quiçá, desde o Sgt. Pepper's dos Beatles? Pode ser um exagero meu.

Uma pena que, depois da sequência que encerra o álbum Opus Eponymous, veio realmente a ultima sequência de músicas do show. A platéia não se aguentava e gritava Hail Satan!, Belial, Belzebul, Satanás, Lucifer. E foram atendidos.

Seguiu-se à Year Zero o cover de Rocky Ericson, de seu álbum The Evil One (1981), If You Have Ghosts. Um pouco antes, veio um triste aviso de Papa Emeritus de que o espetáculo estava para terminar.

O bis foi uma comoção. As pessoas, em sua maioria já conhecedoras do set list, cantaram Ghuleh / Zombie Queen e imploraram o retorno da banda. Eles retornaram e e enceraram com Ghuleh /Zombie Queen, que novamente deflagrou alguns bate-cabeças, e Monstrance Clock, já de praxe.

Na introdução de Monstrance Clock, Papa Emeritus deu suas últimas mostras de carisma e simpatia da noite, explicando as intenções da canção. Erotismo, hedonismo e bom humor, conclamando a platéia a cantar junto, balançando num só ritmo, aquele ritmo bom que leva ao orgasmo. Apropriado para uma sexta à noite, afinal, esse é o cerne do rock n' roll.

26 de mai. de 2014

Iron Maiden e Ghost

Uma turnê que marcou época















Um evento tão bom quanto o Rock In Rio, que aconteceu em setembro de 2013, foi a turnê do Iron Maiden pela América Latina ostentando duas atrações de abertura: a banda Slayer e o grupo Ghost, grande novidade para o público mainstream naqueles dias. Após a conturbada venda de ingressos para o Rock In Rio, onde o Ghost seria uma das principais atrações, muita gente não os teria visto, e nem ao Slayer, não fosse a turnê do próprio Maiden.

Em um gélido fim de tarde, os nameless ghouls e Papa Emeritus II sobem ao palco em Curitiba, no Bioparque, em 24 de setembro. O público daquela tarde foi o que melhor os recebeu, apesar de algumas vaias e gritos de Slayer! Slayer!, mas nada comparado à rudeza em São Paulo, no inóspito Anhembi, onde quem não teve o privilégio da Pista Premium não viu nada, ouviu muita zoação e se esbarrou em um público mal educado, que não fazia questão alguma de facilitar a vista para quem desejava muito ver o Ghost, em meio a gritos de Maiden! Slayer! Padre Quevedo! Na casa do senhor não existe satanás!, empurrões e gases fétidos. Gente porca!


Além disso, durante a apresentação do Iron Maiden em São Paulo, o público teve que se dividir entre assistir o show, pular poças d'água e encontrar um melhor local para ficar, tudo devido a um vazamento que inundou a pista. Momentos depois, um vazamento de gás afugentou novamente as pessoas. Péssimo! Mas, como todos ali estavam unidos com um só objetivo, não foi difícil assistir ao Iron Maiden, como o foi durante o show do Ghost. 


Já em Curitiba, a recepção foi melhor. Em uma apresentação bem curta, como em São Paulo, o Ghost tocou uma mescla de seu primeiro álbum, o clássico Opus Eponymous, e do segundo, Infestissumam, lançado em abril de 2013. A impressão que essas apresentações deixaram é que a Ghost é uma banda que precisa de um cenário específico para brilhar em todo o seu potencial. Tocar ao vivo em grandes locais e com um público imenso, cria uma expectativa que demanda muita empatia entre a massa e o artista. Assisti-los ao vivo, nessas condições, não teve o mesmo efeito que se experimenta ao ver um daqueles vídeos, de cenário intimista, que quase cria um verdadeiro ritual.

Apesar da falta de um pouco mais de empatia, o que pôde se dever à alguma timidez da banda e ao descompasso com um público grande e em sua maioria hostil, o show foi muito bom e contou com a participação acalorada daqueles que foram lá para vê-los. Ao anoitecer, uma névoa colorida pelas luzes do palco criou um clima ótimo para a execução de Ritual. O grupo finalizou com Monstrance Clock, uma baladinha sinistra, que requer a participação de todos para melhor compor o culto, segundo o pedido de Papa Emeritus II. Ao deixarem o palco, ficou um certo pesar de que talvez demorem um bocado para retornar à América Latina, apresentando seu próprio estilo de evento.


Seguindo a agenda, depois do Slayer (que homenageou Jeff Hanneman), vem o Iron Maiden, que dispensa comentários. Incrível! Por falar em cenário, o show que apresentaram durante essa turnê foi ousado: labaredas e fogos de artifício esquentaram o público na noite fria. O repertório contou com Seventh Son of a Seventh Son, Wasted Years, Fear of the Dark, The Trooper, Number of the Beast, Can I Play with Madness, entre outras, encerrando lindo com Aces High. 

Em alguns momentos, Bruce Dickinson demonstrou um pouco de cansaço, deixando de cantar as notas mais altas, sua marca registrada da juventude. Infelizmente, se formos comparar o Iron de hoje com aquele que se apresentou no Rock In Rio de 1985, é óbvio que falta um pouco daquela vitalidade enorme :P Mas, é como disse alguém: o Iron Maiden de bengala ainda é melhor do que muito do que tem por aí. Para encerrar, ficou o desejo de levar o cachecol de Bruce para casa ;)



21 de mai. de 2014

Mayhem no Hangar 110

Pure Fuckin' Amargeddon

Um show de black metal é um evento que pode gerar apreensão para os curiosos e grande expectativa para o público fiel, ainda mais quando se trata do maior nome do gênero, a banda norueguesa Mayhem. Formada em 1984, já está em sua terceira década de existência, marcada por uma trajetória digna de um drama lúgubre, muito bem traduzido pelo clima das músicas.

O único show em solo brasileiro, da turnê promovida durante 2013, teve lugar no Hangar 110, em São Paulo, importante local do circuito underground da cidade, no dia 5 de Dezembro.


O dia de calor infernal seguido por chuva forte que pegou de surpresa quem estava na fila, também fez jus à agressividade da música que todos esperavam celebrar. A abertura foi da banda Test, um duo de bateria e guitarra/vocal que faz um som punk/heavy extremo. São conhecidos por tocar pelas ruas de São Paulo "sequestrando" a platéia de grandes shows de Heavy Metal, durante o tempo de espera nas filas ou na saída dos eventos.

Pouco tempo após a apresentação de 30 minutos do duo Test, sobe ao palco o Mayhem. Apresentaram ao público uma performance espetacular, com clássicos como Death Crush, Freezing Moon e Pure Fucking Amargeddon.

Um público pequeno em uma casa de show de médio porte e uma banda incomum proporcionaram uma experiência direta, regada a muitos moshs, exaltadas rodas punk e alguns Fuck You!, proferidos em tom de saudação por Attila Csihar e Necrobutcher.

Um intenso show de luzes estrobo acompanhou a maior parte do repertório e, na falta de cabeças de porcos como parte da ambientação, o vocalista Attila Csihar completou o cenário com sua característica performance ao lado de uma caveira, apresentando-a ao público numa espécie de "benção". Seria um crânio humano verdadeiro ou falso?

O show, que durou 1 hora, encerrou com a destruidora Pure Fucking Amargeddon. Ao que parece, shows curtos, assim como
discos com duração entre 30 minutos em média, são a tônica de muitas vertentes underground.


Para os que conhecem um pouco menos, a banda Mayhem foi formada pelo baixista Necrobutcher e o baterista Manheim. Contou com o lendário guitarrista Euronymous, principal mentor da cena Black Metal, e ainda com o vocalista Dead, que se suicidou em 1991. Euronymous foi assassinado por Varg Vikernes do Burzum, em 1993.

A formação que se apresentou em São Paulo teve HellHammer na bateria, substituto de Manheim em 1988, Necrobutcher no baixo, Attila nos vocais, substituto de Dead em De Mysteriis Dom Sathanas (1994) e Teloch na guitarra, ex-Gorgoroth. O show contou ainda com um encapuzado guitarrista misterioso, chamado Charles Hedger.


Set List
Silvester Anfang
Pagan Fears
Buried by time and dust
Death Crush
Ancient Skin
My Death
A time to Die
Illuminate Eliminate
Symbols of Bloodswords
Freezing Moon
Carnage
Pure Fucking Armagedon


19 de mai. de 2014

Sabbath Bloody Sabbath

Sol escaldante e gente de preto em Ipanema



No dia 13 de Outubro de 2013 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro uma apresentação histórica dos pais do Heavy Metal, Black Sabbath, em sua formação 75% original.

Uma apresentação histórica, pois se tratava de uma das raras chances do público brasileiro presenciar uma performance que guarda o espírito daquilo que se chamava de rock no final dos anos 1960, quando isso significava fazer parte de um movimento transgressor.

Em duas horas de espetáculo, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e um talentoso substituto de Bill Ward, demonstraram que sabem manter empatia com o público, sendo que Ozzy, ao vivo e aos 65 anos de idade, confirma que é um dos melhores front-man de que já tivemos notícia.

Tal aura foi sentida e celebrada por uma multidão que lotou a Praça da Apoteose, no sambódromo, espaço dedicado ao carnaval e ao samba, mas que, naquele momento, prestava-se a um excelente intercâmbio entre culturas.

Houveram algumas ocorrências inusitadas, como uma mulher que soltou uma pomba em direção ao palco (um ato estúpido), um morcego de plástico mordido por Ozzy, bem humorado e ostentando invejável loucura boa (afinal, ele é o mad man) e nos ensinando, entre uma música e outra, que uma brincadeirinha ajuda a relaxar. Cucko! Que a água refresca foi o aprendizado daqueles que estavam na primeira fila.



Finalizando a sequência de eventos não-ordinários, no término do show Geezer Butler misteriosamente sai de cena e não retorna ao palco para a despedida, deixando Ozzy intrigado e se movendo para procurá-lo com seu jeito lesado e ozado de andar, aquele que culmina com "Sharon!".

Geezer, que não é Sharon, não apareceu mais, o que não diminuiu a maravilha vivenciada por todos. Depois, a explicação: ele estava enjoado e correu para vomitar. Bravo! Lutou até o fim \m/

Para quem estava nas arquibancadas, a visão era ótima, embora não fosse possível ver todo o telão e o cenário, mas os músicos, ninguém perdia de vista.

Fica aqui um reclame para a sacanagem da Pista Premium, cara e excludente, pois, por ser próxima do palco, é o lugar em que a mágica do evento realmente acontece.

Quem fica lá no fundo não vê muita coisa, ou melhor, não vê nada.

Porém, a originalidade do Black Sabbath não deixa dúvida de que o poder de sua música executada ao vivo comoveu aqueles que só puderam ver a cara do amigo e a dos que tumultuavam um pouco mais a frente, acolhendo a todos numa celebração sinestésica, onde ver as lendas é muito importante, mas não é tudo. Sentir a música ao vivo aguça a percepção.



21 de dez. de 2012

Baby Grandmothers

Uma trajetória curta, porém enraizada em vários projetos

Baby Grandmothers era um power trio sueco que fazia rock psicodélico pesado (vulgo Heavy Psych), unido à improvisação. 

Surgidos em 1967, fizeram parte da cena underground que se apresentava no clube Filips, em Estocolmo.



Antes de se tornarem um power trio, eram uma banda de garage rock chamada T-Boones. Deixaram como registro apenas um single raro, gravado na Finlândia.



Durante a estadia dos Baby Grandmothers como banda residente do clube Filips, houveram uma série de jams com vários grupos pouco conhecidos, como os ingleses do Blossom Toes, e os ícones Jimi Hendrix e Mothers of Invention.

Foram a banda de abertura de shows de Jimi Hendrix durante sua turnê pela Suécia, em 1968.



Além dos Grandmothers, havia outra banda influente e pioneira do rock psicodélico sueco: Mecki Mark Men, grupo do tecladista e vocalista Mecki Bodemark, que contou ainda com o baterista de outro grupo influente e pioneiro: Pärson Sound.


Mecki Mark Men

Este grupo lançou um álbum homônimo em 1967 e então debandou, para ser reformulado posteriormente com integrantes do Baby Grandmothers. Lançariam mais dois LPs: Running in the Summernight (1969) e Marathon (1971).


Pärson Sound

O clube Filips, local por onde transitou toda essa eferverscência era, além de um reduto marginal da música, um lugar não bem visto pela sociedade de Estocolmo.


Mecki Mark Men - 1967

Imagina-se que isto se deva à freqüência das subculturas e, consequentemente, das drogas, inseparáveis dos movimentos daquela época. O fato é que o clube foi fechado pela polícia, no natal de 1967.


encarte presente no cd Turn on, Turn in, Drop out - 2007:
uma rara apresentação no clube Filips 

Seguindo na linha evolutiva metamorfoseante dos Baby Grandmothers, sabe-se que após terem se transformado no retorno do Mecki Mark Men, alguns de seus integrantes vieram a formar a banda de rock progressivo Kebnekaise.


Turn on, Tune in, Drop out - 2007


Fontes


19 de dez. de 2012

Josefus


Dead Man - 1970

Grupo da cena underground de Houston, Texas, a mesma cena que era composta pelas bandas 13th Floor Elevators, Bubble Puppy, Golden Dawn, Red Krayola, American Blues e os Moving Sidewalks.

Em 1969, seu produtor, Jim Musil, coloca a banda para trabalhar em seu próprio selo, Dandelion.


Gravam o material que posteriormente seria seu primeiro disco, porém é lançado apenas um single, contendo a faixa Crazy Man e com o nome do grupo modificado para Come.



Então, a banda decide lançar seu primeiro álbum, Dead Man (1970), através dos esforços dos próprios músicos, por um selo chamado Hookah Label, numa edição de 3000 cópias. 

Destaque para o cover de Gimme Shelter, dos Rolling Stones.


Muito Estilo \m/

A partir daí, começam a tocar em inúmeros eventos, abrindo shows de bandas como Procol Harum, Ten Years After, Grateful Dead, Quick Silver Messenger Service, John Mayall e outros grandes nomes.


Josefus - 1970

Ainda em 1970, gravam às pressas mais um disco: o homônimo Josefus. No final do ano a banda deixa os palcos. Durante as anos que seguiram fizeram esparsos retornos.


Reedição em cd do disco de 1969

Desde a década de 1990 até meados dos anos 2000, surgiram vários lançamentos em cd, contendo as músicas de Dead Man lançadas em 1970, as gravações anteriores de 1969 e outras gravações ao vivo, o que permitiu que o grupo chegasse ao conhecimento das gerações atuais.



Fontes
Shindig! Magazine
Whiplash - ótima biografia
It's Psychedelic Baby Magazine - entrevista com o guitarrista Dave Mitchell

11 de dez. de 2012

Gun


Gun - 1968

Power trio londrino que durante a segunda metade dos anos 1960 fervilhava no histórico UFO Club, ao lado de Pink Floyd, Soft Machine, Tomorrow, Arthur Brown e outras lendas.



No início, eram um quarteto chamado The Knack (1963), que algum tempo depois (1967) reformulou-se num power trio de Heavy Psych, considerado por muitos como Proto-Heavy Metal



Teríamos o mesmo acontecendo na Califórnia, com a banda Blue Cheer.

Em 1969, lançam seu primeiro disco: Gun, cuja faixa de abertura, Race with the Devil, ganha amplo destaque. Posteriormente seria regravada por Judas Priest, Black Oak Arkansas e Girlschool.

A capa de seu primeiro álbum foi feita pelo artista Roger Dean, responsável por boa parte dos melhores exemplos de ilustração dentro do rock.


Gunsight - 1969

Em 1969 sai mais um álbum: Gunsight, que seria, infelizmente, o último. Igualmente pesado, poderoso e fantástico!



Fontes

30 de nov. de 2012

Canned Heat

Heavy Blues on the Road
Canned Heat - 1967

Uma das bandas que, sem dúvida, foi totalmente influenciada pelas raízes do Blues é a Canned Heat.



A sonoridade construída é devedora da obra de inúmeros blues men, desde os mais desconhecidos até os mais famosos, como Muddy Waters (o rei), Albert King e B.B. King (os reis), John Lee Hooker e Elmore James.



Vindos de Los Angeles, Califórnia, em 1967 ganharam maior projeção devido a sua participação no Monterey Pop Festival.



Ainda em 1967, lançam seu primeiro disco homônimo, Canned Heat. Entre as faixas está um ótimo cover de Dust My Broom, canção de Elmore James.



Em 1968, lançam o segundo e o terceiro álbum respectivamente, Boogie With Canned Heat e Living the Blues



Durante este período emplacaram os clássicos: On the Road Again, uma regravação do blues man de Chicago, Floyd Jones, e Going up the Country, creditada a Alan Wilson, guitarrista do grupo.


Boogie with Canned Heat - 1968

Em 1969 participam do famoso Woodstock e lançam mais três discos até 1970. O último deles, Future Blues, emplaca o hit  Let's Work Together. Estavam no ponto alto de sua trajetória.


Living The Blues - 1968

Porém, como afirma o ditado, depois do topo vem o declive e ainda em 1970 morre Alan Wilson, um dos principais mentores da banda. 


Hallelujah - 1969

Sua morte se deu sob circunstâncias misteriosas e muitos afirmam que overdose foi a causa provável. Alan Wilson também integra o Clube dos 27.


Vintage - 1970.  Alguma Semelhança com Sticky Fingers?

Depois do trágico incidente, seguiram com Bob Hite, outro mentor do grupo, até 1979, quando este também falece devido a um enfarto, logo após um show.


Future Blues - 1970

Uma das obras mais interessantes que deixaram, além é claro, de seus álbuns oficiais, é o disco feito em parceria com John Lee Hooker: Hooker N' Heat (1971). Mais Blues impossível!


Hooker n' Heat - 1971


Fontes
Canned Heat - site oficial

Web Analytics