8 de fev. de 2012

Tamam Shud

Heavy Progressivo Australiano
Evolution - 1968
Surgidos no começo dos anos 60, passaram pela fase instrumental, mod/beat, até chegarem ao psicodélico/progressivo no fim da década. 



Começaram como The Sunsets e mudaram o nome para Tamam Shud, uma frase persa que quer dizer algo como o fim total.

EP - déc. 60

Muito populares na Australia, porém nem tanto fora dela, lançaram seu primeiro LP em 1968 chamado Evolution. Em 1970 veio o segundo e ultimo: Goolutionites and the Real People.

Goolutionites and the real people - 1970

Eram parceiros de um coletivo de arte multimídia chamado UBU, que promovia os famosos light shows em Sydney, incluindo um evento marcante para a cena local chamado Underground Dances, ocorrido entre 1968-69. 





4 de fev. de 2012

Shades of Deep Purple


Sombras de roxo intenso 
sob a névoa infinita 



Primeiro disco do Deep Purple, é citado como uma obra desconhecida e isolada em relação à toda a discografia do grupo.


Capa norte-americana - 1968

Conhecidos mundialmente como um dos primeiros grupos de heavy metal, este seu lançamento difere pela sonoridade psicodélica.

Isso pode ser mais uma prova de que o Heavy Psych, rótulo que podemos dar a este disco, foi o início do metal.

No entanto, clima pesado é o termo que menos se aplica à Shades of Deep Purple. O disco é lindo! Bem espirituoso. 

Os destaques são a faixa Hush (a única que fez sucesso), One More Rainy Day, uma bonita versão de Help! dos Beatles, Hey Joe de Jimi Hendrix e a faixa Mandrake Root, ao estilo de Hendrix, sobre a raiz alucinógena mandrágora.

Quando lançado, em 1968, Shades of Deep Purple contou com uma boa receptividade nos EUA, não obtendo o mesmo sucesso no Reino Unido.




Fontes
Desciclopédia - tem tudo a ver apesar do sarro

22 de jan. de 2012

Power of Zeus

Desentendimentos e inexperiência pontuados por um clima místico/épico

Banda de Detroit, Michigan. Lançaram apenas um único disco: The Gospel According to Zeus - O Evagelho Segundo Zeus (1970).

Este é um disco afeito à sonoridade do Heavy Psych/Hard Rock: lisergia e um bom peso.

Tornaram-se uma banda pouco conhecida e se separaram logo após o lançamento do disco. O fracasso hoje é explicado devido a escolha da gravadora: Motown.

A Motown foi responsável por muito do que de melhor houve no R&B, Soul e Blues norte-americano. Porém nunca haviam promovido um disco de rock, ao estilo Canned Heat + Led Zeppelin.


Essa tentativa, como hoje se sabe, não teve êxito. Porém, a banda foi gradativamente virando um alvo bem visado pelos apreciadores de música 
desconhecida.

The Gospel According to Zeus é um álbum que vale a pena ser ouvido, apesar de não diferir do que se fazia na época. Podem acreditar!


Fontes

10 de jan. de 2012

The Deep - Psychedelic Moods

Deixe sua mente ao sabor dos Humores Psicodélicos
Psychedelic Moods - 1966

Banda underground da Filadélfia. Não há registro de apresentações e, ao que se sabe, foi um grupo de estúdio cujo único integrante conhecido é o vocalista e guitarrista Rusty Evans.

Rusty Evans

Tiveram seu único disco, Psychedelic Moods, lançado por volta de Agosto de 1966, dois meses antes da criminalização do LSD nos EUA.




Talvez por isso este disco seja um belo exemplar da reunião de todas as nuances da cena. Haviam passado pelo auge do caos da experimentação psicodélica ainda na legalidade.

O ápice desse caos era descrito de modo sensacionalista na capa: A Mind Expanding Phenomena - um fenômeno da expansão da mente.

Éter Cor de Rosa


Com toda essa vivência, o único disco dos Deep se tornou uma verdadeira coletânea dos humores psicodélicos (psychedelic moods), indo do garage e protopunk ao acid, folk e pop psicodélico.

Reza a lenda que a capa deste pouco vendido LP foi uma das primeiras em que figurou a palavra Psychedelic, com meses de antecedência aos bem sucedidos álbuns dos Blue Magoos e 13th Floor Elevators, que também a continham.


The Freak Scene - Psychedelic Psoul - 1967


Após o ano de 1966, o único integrante conhecido, Rusty Evans, formou outra banda: Freak Scene, que teve o mesmo destino dos Deep - a dissolução e o esquecimento



Fontes
 excelente texto;
 os poucos fatos encontrados sobre a banda estão resumidos na wikipedia;
 texto original, analise detalhada do disco.


4 de jan. de 2012

Ghost

Ritual performático heavy psicodélico


Banda sueca formada em 2008 que está sendo, com certeza, um dos melhores exemplos de heavy psych e heavy metal tradicional atualmente. Lançaram seu primeiro disco Opus Eponymous em 2010, muito bem aclamado pela crítica.




Com influência de King Diamond e também do Heavy Metal dos anos 1970 e início dos 1980, resgatam as origens do estilo sem cair no saudosismo. 


Opus Eponymous - 2010


A sonoridade da Ghost vem sendo descrita como uma mistura de Mercyful Fate com Blue Öyster Cult, e ainda incluo Coven e Black Sabbath.

Heavy Psych é um elemento que possui recorrências em seu primeiro álbum, que vão desde o som e as temáticas, até à visualidade retrô.

Este é um dos rótulos dados à cena heavy rock ocultista do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, que teria dado origem ao Heavy Metal. 



Outra característica forte é a teatralidade, herdada também de King Diamond e de outros performers, como David Bowie, Alice CooperKiss e o lendário Arthur Brown.




A banda mantém sua identidade secreta, sendo que 5 integrantes (chamados nameless ghouls:  bestas sem nome) apresentam-se totalmente encapuzados e o vocalista, Papa Emeritus, apresenta-se com a pintura facial de uma caveira.




Por falar em Suécia, a sua vizinha Noruega é a terra natal do Black Metal, uma cena forte dos países nórdicos. Um dos itens da indumentária do Black Metal é a pintura corporal.

Outra característica do Black Metal é o satanismo e o ocultismo, o que também é o tema das letras da Ghost, assim como o de algumas de suas famosas influências.


Porém, diferentemente do Black Metal, a banda Ghost não é brutal. Muito pelo contrário, são suave as hell \m/.

Isto de certa forma também é um resgate do início do heavy metal que, obviamente, sempre foi pesado, mas a partir dos anos 80 passamos a conhecer as formas mais extremas do desenvolvimento do estilo.




O disco Opus Eponymous encerra brilhantemente com um cover de Here Comes the Sun dos Beatles, que ganhou uma atmosfera soturna. Obra Prima!


29 de dez. de 2011

The Danglers

"They want to leave it up to you to decide what you think they are..."
Live At Circle A - 2010


...And I think that's a good definition for this band. Playing with a mixture of influences that came from the 60's prog / acid rock and includes jazz and heavy metal, they achieved a unique sound.




Heavy Metal is probably what makes the difference and catches our attention to the jazzy melodies. Heavy-Jazz is what I mean to say.


Fade out Fade in - 2008


Some of the songs are even more heavy metal oriented, like the song called Aprhodite's Thighs, and this heavy thing for me is the high point their sound.



Another remarkable thing is their feeling and expression extracted from the instruments played, which sometimes contributes to create an intense sound chaos.



That reminds me a little bit of the Free Form Freak Out, from the psychedelic band Red Krayola, back in the 60's.




The Danglers are a trio from Milwaukee, USA, formed in 1997 and their inspiration are the progressive rock bands like King Crimson, Emerson Lake and Palmer, Soft Machine, etc.




They released 9 records, including 2 EP and 2 singles: The suite (1999) and more recently Ascend (2008), a killer song \m/ very heavy!


Their new album is Live at circle A, which captures their energy alive. Their live performances are also described as remarkable. Hope to see them!


The Danglers - 2000


The Danglers are:
John Sparow - drums
John Loveall - violin, guitars and vocals
David Gelting - bass

Sources:

24 de dez. de 2011

Kiss: Music from the Elder

Choque, ecletismo e fanatismo
Music from the Elder - 1981

Esta é uma das bandas que definitivamente não está no Limbo. Aliás, foram donos de muito sucesso e até hoje colhem os louros de seu trabalho com muito marketing e faturamento.


Também não possuem nenhum vínculo com a psicodelia, o que leva à pergunta sobre o que estariam fazendo neste blog.


As razões são duas: uma experiência repentina de fanatismo incontrolável e uma fascinação curiosa pelo seu disco conceitual:
Music from the Elder, de 1981.

O Kiss é uma banda intrigante. Não é a toa que é um dos grupos mais populares dos EUA e do rock como um todo. Há muitos motivos que ajudam a explicar o êxito.

Um deles é a sonoridade, principalmente a dos primeiros anos, herdada de quando eram Wicked Lester, uma banda de R&B e rock and roll no melhor estilo Little Richard.


A grande influência do rock and roll, com o acréscimo do peso do hard rock e a facilidade para o pop, é que deu ao Kiss sua marca sonora.

Tais influências demonstram uma boa mistura de várias tendências da música popular estadunidense, desde o blues à discoteca, passando pelo heavy metal. Isso faz do Kiss um autêntico representante daquela cultura.

Com relação ao visual, o que temos é o choque, mesmo para a época Glam que foram os anos 1970. Tudo no Kiss é exagerado, altamente teatral ou circense, que ultrapassou (e muito!) a preocupação fashionista.

E nessa receita ainda há elementos básicos presentes na rebelião existencial de vários ícones do rock: a androgenia, o deboche, a raiva e urgência de suas performances, que culminavam na destruição dos instrumentos, à la The Who.


Falando em The Who, banda símbolo da ópera rock (vide Tommy), o Kiss também se aventurou no campo dos discos conceituais: Music from the Elder (1981), é um disco único, arrojado e arriscado para uma banda de hard rock, numa época em que The Wall do Pink Floyd estava no auge.

para o disco também mudaram o visual -
cabelo curto e roupas mais "sóbrias"

O que se pode ver hoje em Music from the Elder, apesar do insucesso do álbum, é o veio eclético do Kiss escancarado, que no fim das contas, foi o responsável pela sua popularidade.


Fontes

27 de nov. de 2011

The Dream ou Mother's Love

Rock psicodélico holandês
Mother's Love - Take One - 1967


Esta é uma banda da qual pouco se sabe e que se apresentou no cenário holandês entre 1967 e 1971.


The Dream - Dream Archives - 1994


A sonoridade é um misto de blues, rock and roll e heavy psych. lembram algo entre os Doors e a cena mod beat inglesa: The kinks, Small Faces, The Who, etc. Lembram também o Velvet Underground.


The Dream


Lançaram um disco em 1967, Take One, quando se chamavam Mother's Love. Sob o rótulo The Dreams, o que há disponível na internet é uma compilação chamada Dream's Archives, lançada em 1994.



Fontes

13 de nov. de 2011

Mel Azul

eletrônico-improvisado-fluído-da-mente


Grupo psicodélico brasileiro recém-surgido, que também é um projeto paralelo do baterista do Garotas Suecas.

Esta é mais uma das boas mostras de psicodelia que continua bem viva pelos caminhos do underground. Mesclam música, imagem e ambiente numa empreitada sinestésica.

Mel Azul - 2011


Lançaram este ano seu primeiro EP que também se intitula Mel Azul, disponível para audição em seu myspace.




A sonoridade mescla ainda improvisos eletrônicos e jazz. Lembram o caminho traçado pelos Silver Apples, banda vanguardista nova-iorquina de 1969.


Estão fazendo shows por aí, no circuito alternativo de São Paulo. A melhor maneira de apresentá-los é segundo seu próprio texto do myspace:


Psicopneumática-multicolorida & espontânea banda: Mel azul converge a psicodelia com o improviso em músicas extensas que começam e terminam o tempo inteiro sem respirar. Mel azul te cozinha em fogo alto para te servir no prato cheio de uma bateria biônica, enquanto o contrabaixo vibra criando uma base que por si só existe e coexiste com uma guitarra aflita e urgente.


Freak out!

Fontes

7 de nov. de 2011

Look at Yourself (1971) - Uriah Heep

 capa norte-americana

Um dos melhores discos da banda britânica Uriah Heep, considerada lado B do heavy metal inglês, Look at Yourself é o seu terceiro álbum e a prova de sua maturidade sonora, segundo críticos.


Uriah Heep


É também um expoente do desenvolvimento do Heavy Psych, que culminou no rock progressivo, heavy metal e hard rock. Look at Yourself é a síntese das 3 coisas, com o ar da procura pelo alargamento da percepção.


capa britânica


Além do título - Olhe para si mesmo - a capa originalmente continha uma grossa folha metálica no local do espelho, que refletia distorcidamente quem a olhava.




As músicas são arranjadas com órgão Hammond (muito!), guitarras bem distorcidas (muitas!), vocal versátil e letras introspectivas.

Look at Yourself




Fontes
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